O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a investigação contra Mark Zuckerberg, CEO da Meta, a pedido do PDT.
O partido alega que as plataformas digitais da empresa – Facebook, Instagram e WhatsApp – estariam sendo usadas para manipulação dolosa de conteúdos no Brasil, o que pode configurar crime no contexto do Inquérito das Fake News (INQ 4781).
A decisão ocorre em meio a um cenário de tensão crescente entre o STF e as big techs, especialmente no que se refere à moderação de conteúdos e à disseminação de notícias falsas. O inquérito mira possíveis condutas criminosas relacionadas à instrumentalização digital para desestabilizar a "democracia" brasileira.
Meta na mira do STF: quais são as acusações?
A petição do PDT aponta mudanças nas políticas de moderação de conteúdo da Meta, incluindo:
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, essas mudanças podem ter impacto direto no que ele chama de disseminação de fake news e discursos acalorados, razão pela qual a Meta e seus dirigentes devem prestar esclarecimentos sobre a aplicação dessas novas diretrizes no Brasil.
A investigação foi incorporada ao Inquérito das Fake News (INQ 4781), instaurado em 2019, que apura a existência de uma suposta organização criminosa atuando digitalmente para atacar a democracia e o Estado de Direito.
Truth Social x STF: um embate transnacional
No mesmo dia da decisão de Moraes, a Truth Social, rede social ligada ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, entrou com uma ação contra o ministro do STF. O processo questiona a censura contra plataformas digitais americanas.
O embate reforça o peso da disputa global entre redes sociais, liberdade de expressão e regulação de conteúdos. Moraes já esteve envolvido em embates semelhantes com Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), que também enfrentou ordens judiciais brasileiras.
Big Techs x Supremo: embates anteriores
Essa não é a primeira vez que Alexandre de Moraes enfrenta gigantes da tecnologia. O ministro já determinou, em outras ocasiões:
Suspensão de perfis e conteúdos de influenciadores e políticos sob investigação;
Multas milionárias contra plataformas que descumprem decisões judiciais;
Convocação de CEOs de big techs para esclarecimentos sobre sua atuação no Brasil.