Nesta quarta (29), a bancada do PL apresentou o pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT).
Durante uma coletiva, foram divulgadas as razões que fundamentam o documento protocolado na Câmara dos Deputados.
O líder da oposição, Carlos Jordy (PL-RJ), e o vice-líder, Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), foram os primeiros a falar sobre o “superpedido” que foi assinado não apenas pelos deputados da sigla, mas também de outros partidos.
Jordy declarou que as falas do petista contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) foram decisivas para a formulação do pedido.
"Lula tem feito ataques, tem desgovernado o país, criado um caos. Fizemos um pedido com as últimas falas, falas que demonstram total desrespeito à nossa democracia, ameaçando o ex-juiz Sergio Moro quando ele manifesta seu projeto de vingança", disse Jordy
No documento, os parlamentares argumentam que o chefe de Poder Executivo cometeu crime de responsabilidade ao coagir um representante do Poder Legislativo – em referência ao ex-juiz Sergio Moro; ao atacar instituições e agentes do estado – como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, – e ao manter pelo menos 67 investigados em cargos de comando do governo federal.
O parlamentar se refere a dois momentos: a fala de Lula a um site de esquerda dizendo que voltou ao poder para f**** com o ex-juiz da Lava Jato. E também sobre ser “armação” a investigação da Polícia Federal que desarticulou um esquema preparado pela facção criminosa PCC contra Moro e sua família.
"Tudo isso configura crime de responsabilidade pela falta de liturgia e o desvio de finalidade "completou Jordy.
O deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança explicou que esse pedido de impeachment foi possível, porque os parlamentares estão se conscientizando da falta de projeto e da desgovernança que marcaram os primeiros meses do governo Lula.
O parlamentar listou alguns crimes que foram citados no superpedido: quebra de decoro, desvio de função e ameaça. Orleans e Bragança também falou sobre outros problemas causados pelas decisões do presidente, como o desequilíbrio fiscal e a intervenção em direitos já adquiridos.
“A qualidade geral do governo, que, hoje, é um desgoverno demonstrado numa análise rápida de três pontos essenciais: desrespeito às instituições democráticas, improbidade e gestão econômica”, argumentam os deputados.
Reiteradamente, o presidente da República ataca os ‘agentes da lei’ que atuaram na força-tarefa da Lava Jato, o que já teve sérias consequências para o combate à corrupção no país”, prosseguem os deputados, em sua maioria do PL e do Progressistas. “
Cria, assim, um ambiente de ‘ódio político’, desacreditando o trabalho independente das instituições republicanas.”
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