Cartão 100% brasileiro possui regulamento que impede Moraes devido a sanção.

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Citada como opção ao ministro do Supremo, Elo tem contrato com bancos que proíbe relacionamento com cliente sancionado pelos americanos

A emissão de um cartão de crédito de bandeira 100% brasileira ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes é impedida pelas regras detalhadas. O regulamento para adesão de um banco ao arranjo de pagamentos Elo estabelece que é proibido à instituição financeira oferecer cartão a pessoas com sanções impostas pelos Estados Unidos.

As restrições financeiras anunciadas contra Moraes o proíbem de utilizar serviços de empresas norte-americanas, como as bandeiras Mastercard e Visa. Diante disso, uma sugestão que circula em Brasília é a substituição por um cartão nacional, como o da bandeira Elo. Com forte participação acionária estatal, a Elo foi fundada em 2011 por meio de uma sociedade entre Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco. O lema da companhia sempre foi “uma bandeira 100% brasileira”.

Contudo, Moraes poderá ter o pedido de emissão de cartão negado devido a uma norma da própria empresa brasileira. O regulamento do sistema de pagamento Elo é um extenso documento de 344 páginas que define regras para bancos – que emitem o cartão – e o varejo – que aceita os pagamentos.

No terceiro parágrafo das “Disposições Gerais”, a Elo menciona que os participantes desse sistema devem cumprir “sanções (como aquelas administradas pelo Departamento de Gabinete do Tesouro dos EUA e da ONU [Organização das Nações Unidas])”.

A restrição é especificada na página 177, em um trecho que aborda “prevenção a ilícitos cambiais, lavagem de dinheiro e combate ao financiamento ao terrorismo”. “É vedado aos participantes estabelecer ou manter relação com qualquer cliente que seja ou venha a ser objeto de sanções econômicas ou financeiras ou embargos comerciais”, diz o texto. São mencionados especificamente “embargos impostos, administrados ou executados de tempos em tempos pelo governo dos Estados Unidos da América (incluindo sanções ou embargos administrados pelo OFAC ou pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América)”.

A sanção contra o ministro do STF foi assinada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Em seguida, a decisão foi encaminhada ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), órgão responsável por centralizar, administrar e aplicar as sanções econômicas e comerciais americanas. Portanto, a medida contra Moraes atende exatamente às duas condições citadas no contrato da Elo: sanção da OFAC e do Departamento de Estado.

O regulamento também menciona que a mesma restrição se aplica a eventuais sanções decididas pelo “Conselho de Segurança das Nações Unidas, União Europeia ou Tesouro do Reino Unido”. Não há referência a outras autoridades ou países. A Elo realiza operações de pagamento processadas e liquidadas integralmente no Brasil.

No entanto, isso não a isenta de relações com empresas estrangeiras. Operações em reais, por exemplo, são processadas e liquidadas pela holandesa Adyen – que também está sujeita às sanções dos EUA. Além disso, há uma parceria da Elo com a bandeira americana de cartões Discover, que permite a aceitação do cartão brasileiro em mais de 200 países e territórios, além do uso em mais de 1,2 milhão de caixas eletrônicos pelo mundo. Procurada para esclarecer sobre o regulamento e a possível restrição à emissão de cartão em nome de Alexandre de Moraes, a Elo não respondeu.

reginaldod
reginaldod 3 araw kanina
A única solução para o imperador será receber seus vencimentos e todos proventos de seus negócios de família em dinheiro vivo e pagar tudo da mesma forma. E olhe lá.
2 0 Sumagot
Magpakita ng higit pa