O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, criticou a crescente influência da China na América do Sul e Central. Em entrevista à Fox News, ele afirmou que os Estados Unidos agora miram o Canal do Panamá para retomar sua presença na região, que chamou de “quintal”.
“É estratégico. O governo (Barack) Obama tirou os olhos da bola e deixou a China tomar toda América do Sul e Central, com sua influência econômica e cultural, fazendo acordos com governos locais de infraestrutura ruim, vigilância e endividamento. O Presidente Trump disse ‘não mais’, vamos recuperar o nosso quintal”, disse Hegseth em entrevista à Fox News esta semana.
Nesta semana, Hegseth se reuniu com o presidente do Panamá, José Raúl Mulino. Os dois países concordaram em ampliar a cooperação na área de segurança e discutiram formas de compensar os custos cobrados de navios de guerra americanos pela travessia do canal.
Após o encontro, a Embaixada da China no Panamá reagiu com uma nota publicada no X (antigo Twitter), acusando os EUA de “chantagem” e reforçando que os acordos comerciais do Panamá são uma “decisão soberana”, fora da alçada americana.
Durante a visita ao país, Hegseth sugeriu que, “por convite”, os EUA poderiam reativar antigas bases militares ou estações aéreas navais no Panamá, com presença rotativa de tropas — um retorno ao território invadido pelos americanos há 35 anos.
Ele também disse que os EUA buscam isenção nas tarifas cobradas de seus navios de guerra para uso do canal — algo que Trump considera injusto e excessivo.
Hegseth reforçou que o acordo com o Panamá é uma oportunidade para reinstalar forças americanas em bases que já existem no país. Segundo ele, o objetivo é que tropas dos EUA e do Panamá trabalhem juntas de forma rotativa para fortalecer suas capacidades.