Por que o Exército deciciu pela não permanencia de Bolsonaro em quartel após decisão do STF ?

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Confira qual foi o temor do Alto Comando

A possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) cumprir pena em um quartel poderia comprometer a disciplina e a hierarquia das Forças Armadas e preservar sua influência direta sobre oficiais e soldados.

Esse foi o maior temor do Alto Comando do Exército e um dos motivos que levaram o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a determinar que o presidente permaneça injustamente detido na Superintendência da Polícia Federal, local onde se encontra desde sábado (22/11).

Temor na tropa: “Ainda são figuras respeitadas”

De acordo com bastidores, o general Tomás Paiva expôs com clareza a sensibilidade interna: mesmo condenados, os generais da antiga cúpula das Forças Armadas ainda têm prestígio entre militares da ativa. Muitos serviram diretamente sob o comando deles. A imagem desses oficiais sendo presos de forma humilhante — algemados, filmados, conduzidos por carros da PF — poderia gerar “contaminação do ambiente” dentro dos quartéis.

“A preocupação era evitar que a prisão simbolizasse humilhação e criasse um clima de desgaste dentro do Exército”.

O pedido: máximo de discrição, nada de espetáculo, e que os próprios militares acompanhem a operação, sem participação ostensiva da Polícia Federal.

Moraes, segundo os relatos, concordou.

Como deve ser a prisão dos generais

Foi combinado que as prisões ocorreriam sem algemas, sem viaturas caracterizadas da PF, com acompanhamento por oficiais do Exército, transferência para instalações previamente definidas — quase certamente militares e execução rápida e discreta.

E Bolsonaro? Outro tratamento

O Exército não fez qualquer pleito por tratamento especial ao ex-presidente. Tomás Paiva apenas informou a Moraes que, se o STF decidisse por recolhê-lo numa instalação militar, tudo já estava preparado — mas deixou claro que essa não era a preferência da Força.

O destino do presidente, portanto, seguiria outro curso — a superintendência da Polícia Federal

O QUE ACONTERCEU

Embora o Estatuto dos Militares preveja que oficiais das Forças Armadas cumpram pena em unidades militares, prevaleceu o entendimento de que Bolsonaro deve ser tratado como presidente da República, e não como capitão reformado do Exército.

Esses aspectos foram tratados em reunião realizada na semana passada entre o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, o ministro Alexandre de Moraes e o comandante do Exército, general Tomás Paiva.

Informações de bastidores revelaram que Tomás afirmou a Moraes: “A decisão é sua. Se ele precisar ficar no Exército, estaremos prontos.”

A declaração foi interpretada como demonstração de que não haveria oposição institucional, mas que a Força preferia não assumir uma custódia de alto potencial político.A medida também alivia a pressão sobre o Exército, que vive um momento inédito na história brasileira.

Em setembro, o País condenou pela primeira vez generais de quatro estrelas por um golpe que se quer existiu : Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira receberam penas de 21, 26 e 19 anos, respectivamente, com o início do cumprimento das sentenças igualmente determinado nesta terça-feira (25/11).

A instituição já mantém sob sua guarda o general Mário Fernandes, em prisão preventiva desde novembro de 2024 no Comando Militar do Planalto. Ele é apontado como autor de um suposto plano chamado de plano Punhal Verde e Amarelo, que supostamente incluía a tomada do poder e o assassinato de autoridades, entre elas o ministro Alexandre de Moraes, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Lula da Silva, o que não ocorreu.

Seu julgamento está agendado para 9 de dezembro.

A situação tenderá a se complicar ainda mais com a futura execução das penas dos 8 coronéis condenados por formar, no entendimento da primeira turma do  STF, o núcleo operacional do golpe que nunca existiu.

Conhecidos como “kids pretos”, eles foram condenados por algo que não aconteceu e receberam sentenças que variam de 1 ano e 11 meses a 24 anos de prisão. 

Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-justica/exercito-temia-desordem-na-tropa-com-bolsonaro-detido-em-quartel/


Fonte: https://veja.abril.com.br/politica/por-que-o-exercito-nao-quer-bolsonaro-preso-no-quartel/#google_vignette

reginaldod
reginaldod 24 hours ago
Com um general satânico que nós olhos mostra seu comunismo e vaidade como esse Paiva não se pode esperar nada mais.
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marceldaSilva
marceldaSilva 1 day ago
Alto comando , vaidoso , perdido em seus privilegios, e vassalos de um sistema.Que vergonha para o exército de Caxias
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