O jornal destacou a presença de bandeiras dos Estados Unidos, menções ao presidente norte-americano, Donald Trump, e à Lei Magnitsky
Em matéria sobre os protestos do 7 de Setembro, realizados no domingo (7), o jornal norte-americano The New York Times destacou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “continua sendo uma força política significativa no Brasil”. O veículo observou que imagens aéreas evidenciaram uma presença muito maior de apoiadores do líder conservador em comparação com os manifestantes de esquerda.
A reportagem, intitulada "Apoiadores de Bolsonaro Lotam Ruas Antes de sua Esperada Condenação", afirmou:
"Na tarde de domingo, imagens aéreas de vários protestos deixaram poucas dúvidas de que os apoiadores de Bolsonaro superavam significativamente em número os manifestantes da esquerda, mostrando que, mesmo em meio a seus problemas legais, ele continua sendo uma força política significativa no Brasil".
Em seguida, o jornal apontou que, apesar da grande mobilização, é improvável que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sejam influenciados a não condenar Bolsonaro, acusado de tentar permanecer no poder após as eleições de 2022. Conscientes dessa realidade, segundo o NYT, os manifestantes focaram em reivindicar anistia e apoio internacional.
Nesse contexto, o jornal destacou a presença de bandeiras dos Estados Unidos, menções ao presidente norte-americano, Donald Trump, e à Lei Magnitsky, utilizada contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, em um esforço para conter o que o republicano considera uma “caça às bruxas” contra a direita no Brasil.
"O movimento do sr. Bolsonaro há muito tempo consegue levar enormes multidões às ruas, e no domingo não foi diferente. Um mar de pessoas vestidas com o amarelo e o verde da bandeira brasileira lotou um longo trecho da principal avenida de São Paulo, bem como a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O que foi diferente este ano foi a abundância de elogios aos Estados Unidos", notou o jornal.
"Em Brasília, um homem posou para fotos usando uma máscara de Trump. No Rio de Janeiro, ambulantes vendiam camisetas com fotos de Trump e a palavra Magnitsky, uma referência à lei que o governo americano usou para impor sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal. Em São Paulo, manifestantes passaram uma enorme bandeira americana sobre suas cabeças. Embora Bolsonaro tenha sido impedido de exercer o cargo até 2030, manifestantes de direita mantinham a esperança de que seus direitos políticos fossem de alguma forma restaurados. Muitos depositaram sua fé na Casa Branca", concluiu o texto.