Não deixarei um lunático comunista destruir Nova York, diz Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quarta-feira (2) que "não vai deixar" Zohran Mamdani "destruir" Nova York. Mamdani, deputado estadual democrata de perfil socialista, tem 33 anos e venceu as primárias do partido para a disputa pela prefeitura da cidade, marcada para o dia 4 de novembro.

"Como presidente dos Estados Unidos, não vou deixar esse lunático comunista destruir Nova York. Fiquem tranquilos: eu tenho todos os controles e todas as cartas na mão. Vou salvar a cidade e torná-la 'quente' e 'grandiosa' novamente, exatamente como fiz com os bons e velhos EUA", escreveu Trump na publicação.

Se eleito, Mamdani seria o primeiro muçulmano e o primeiro indiano-americano a liderar a maior cidade dos EUA. Deputado democrata e socialista, Zohran Mamdani venceu prévias do partido nas eleições para a prefeitura da cidade. Pleito está marcado para 4 de novembro.

Anteriormente, Trump já havia ameaçado prender Mamdani caso ele seja eleito e tente impedir a atuação das autoridades de imigração norte-americanas durante operações recentes.

“Bem, então vamos ter que prendê-lo. Olha, nós não precisamos de um comunista neste país. Mas se tivermos um, vou ficar de olho nele bem de perto em nome da nação”, disse Trump.

A vitória de Mamdani nas primárias democratas foi oficializada em 24 de junho. Seu adversário, o ex-governador Andrew Cuomo, reconheceu a derrota ao perceber, com base nas projeções, que não conseguiria superar os votos recebidos por Mamdani. A Justiça Eleitoral de Nova York confirmou o resultado oficialmente na terça-feira (1º).

Mamdani ganhou destaque rapidamente no meio político com uma campanha criativa, voltada para as redes sociais, e com propostas como gratuidade no transporte público e congelamento do valor dos aluguéis. Sua vitória nas prévias foi classificada como inesperada e como "a maior virada da História recente" em eleições na cidade de Nova York.

Agora, Mamdani disputará o cargo contra o atual prefeito Eric Adams, que venceu em 2021 como candidato democrata, mas concorrerá como independente depois de ser acusado de corrupção — caso que foi posteriormente arquivado pelo Departamento de Justiça.