Rubio anunciou transferência de ajuda externa para o controle direto do Departamento de Estado
Em 1º de julho de 2025, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou o encerramento oficial das operações da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), marcando o fim de uma instituição criada em 1961 para supostamente coordenar a ajuda internacional americana.
Em uma declaração intitulada "Tornando a Ajuda Externa Grande Novamente", Rubio justificou a decisão com dados que demonstram o fracasso da USAID em promover os interesses americanos ao longo de décadas de operação. Segundo o secretário, a agência gastou mais de US$ 715 bilhões, ajustados pela inflação, e "tem pouco a mostrar desde o fim da Guerra Fria".
Abaixo, um resumo ponto a ponto da decisão com base em informações de artigos na internet e redes sociais:
Fim das Operações da USAID:
Rubio confirmou que, a partir de 1º de julho, a USAID cessou de implementar programas de ajuda externa, com suas funções remanescentes transferidas para o Departamento de Estado, que agora gerenciará a assistência internacional sob uma abordagem "America First".
Justificativa da Decisão:
Rubio argumentou que a USAID, ao longo de décadas, falhou em atender aos interesses nacionais dos EUA, promovendo instabilidade e sentimentos antiamericanos em algumas regiões. Ele criticou a agência por operar como uma "caridade global" e por desperdiçar bilhões de dólares em programas ineficientes.
Reorganização e Cortes:
Após uma revisão de seis semanas, 83% dos 6.200 programas da USAID (cerca de 5.200 contratos) foram cancelados por não alinharem com os interesses dos EUA, segundo Rubio. Os programas restantes, cerca de 1.000, serão administrados pelo Departamento de Estado com maior foco em eficiência e interesses estratégicos.
Impactos Projetados:
Estudos, como um publicado pela revista *The Lancet*, estimam que o fim da USAID pode resultar em até 14 milhões de mortes adicionais até 2030, incluindo 4,5 milhões de crianças, devido à interrupção de programas humanitários, como os de combate ao HIV/AIDS e malária.
Reações e Críticas:
A decisão gerou forte oposição. Ex-presidentes como Barack Obama e George W. Bush criticaram o fechamento, destacando seu impacto em programas vitais, como o PEPFAR, que salvou milhões de vidas. Mais de 700 diplomatas assinaram uma carta afirmando que os cortes prejudicam a segurança nacional e abrem espaço para a influência de adversários como China e Rússia.
Apoio Político:
A medida foi elogiada por apoiadores do "Make America Great Again" (MAGA), incluindo a maioria republicana do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, que celebrou a priorização dos interesses americanos.
Controvérsias Legais:
Críticos, incluindo senadores democratas, alegam que o fechamento da USAID sem aprovação do Congresso é ilegal. Um juiz federal chegou a emitir uma injunção contra cortes da agência, mas a decisão foi revertida por uma corte de apelação.
A decisão reflete a agenda de redução de gastos do governo Trump, com influência de Elon Musk e seu Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que descreveu a USAID como uma "organização criminosa" e defendeu sua dissolução.
Impacto Global:
Países como Ucrânia e nações da África Subsaariana, grandes beneficiários da ajuda americana, podem sofrer significativamente. Programas como os de nutrição infantil e combate a doenças infecciosas foram interrompidos, gerando preocupação entre organizações humanitárias.
O fechamento da USAID representa uma mudança radical na política de ajuda externa dos EUA, priorizando interesses nacionais em detrimento de programas humanitários globais. Embora apoiada por setores conservadores, a decisão enfrenta críticas por seu impacto humanitário e possíveis consequências geopolíticas, com debates sobre sua legalidade e eficácia ainda em curso.
