Jornal americano trás revelações sobre o Caso de Filipe G Martins

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A jornalista avalia que o episódio “não parece ter sido um simples erro burocrático” e exige transparência quanto à autoria da inserção de dados falsos

O prestigiado jornal americano The Wall Street Journal retomou, neste domingo, dia 19/10, a discussão sobre a situação envolvendo o ex-integrante da equipe de Bolsonaro, Filipe Martins. Escrito pela colunista Mary Anastasia O’Grady, o material descreve que a autoridade de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, em inglês) admitiu formalmente, no dia 10 de outubro, um equívoco ao registrar que Martins teria ingressado nos Estados Unidos em dezembro de 2022.Essa retificação ocorreu mais de um ano e meio após o cidadão brasileiro fornecer evidências de que não saíra do território nacional nessa ocasião. O WSJ aponta que essa anotação equivocada serviu de base no Brasil para embasar a detenção provisória de Martins, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O periódico reproduz uma passagem em que o CBP admite que o “registro incorreto foi usado para justificar os meses de prisão” do ex-assessor.

O conteúdo questiona os detalhes por trás desse deslize e afirma que as apurações prosseguem em andamento. De acordo com a publicação, existem sinais de “penetração estrangeira dentro do CBP”, já que o arquivo digital foi alterado para adicionar o nome de Martins junto a uma data de chegada fictícia.

Além disso, o veículo enfatiza que a entidade americana repassou papéis à Justiça, embora com seções editadas e identificações de funcionários e momentos de acesso suprimidas.

A jornalista avalia que o episódio “não parece ter sido um simples erro burocrático” e exige transparência quanto à autoria da inserção de dados falsos, além de questionar por qual motivo a seção de “histórico de viagens” no portal da CBP permanece sem atualização. A autora finaliza afirmando que “o público não saberá a verdade até descobrir quem entrou no sistema e criou o registro fraudulento”.

O WSJ já cobriu a história de Filipe Martins em edições anteriores

O WSJ segue o desenrolar do caso desde o ano de 2024. Na matéria inicial, divulgada em julho, O’Grady narrou o registro impróprio da CBP sobre uma alegada chegada de Martins aos EUA em 30 de dezembro de 2022, coincidindo com a viagem de Bolsonaro a Orlando.

A reportagem esclareceu que Moraes se valeu dessa informação para sustentar a custódia do ex-assessor, invocando perigo de evasão, apesar das provas apresentadas pela defesa de que ele havia ficado no Brasil.Em outra peça de julho deste ano, da mesma jornalista, foi revelado que o registro falso sumira do banco de dados americano em 2024, só para reaparecer em seguida.

O’Grady questionou a repetição do problema e apontou para uma possível influência externa. “Alguém trabalhando dentro da CBP em nome de interesses políticos brasileiros opostos a Bolsonaro teria uma motivação”, registrou na ocasião.

Nessa nova abordagem, o jornal ressaltou que a defensora de Martins, Ana Bárbara Schaffert, recorreu a instâncias nos EUA invocando a Lei de Liberdade de Informação, sem receber respostas integrais. A análise se encerra com uma indagação que permanece aberta: “O que é pior? O crime ou o encobrimento?”.

reginaldod
reginaldod پہلے 48 منٹ
É preciso que divulguem o nome do funcionário que fez o registro errado, e quem deu ordem a ele para isso e se passe abertamente ao mundo. E aí buscar o mandante e o prender ou sepultar, de preferência. Sem dó
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