PGR diz que Bolsonaro liderou grupo que deu AUXÍLIO MORAL e MATERIAL ao 8/1

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Integrantes do governo teriam recebido tarefas específicas, entre elas coagir comandantes das Forças Armadas

A denúncia criminal contra Jair Bolsonaro apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira (18) cita o ex-presidente como líder de uma organização criminosa que deu "auxílio moral e material" ao ato de 8 de Janeiro.

A organização criminosa "concorreu (...) mediante auxílio moral e material, para a destruição, inutilização e deterioração de patrimônio da União (...) com violência à pessoa e grave ameaça, emprego de substância inflamável e gerando prejuízo considerável para a União", diz a denúncia do PGR Paulo Gonet

O procurador-geral da República Paulo Gonet cita conversas travadas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, após a posse de Lula, em que ele demonstrou plena ciência de que haveria uma escalada antidemocrática nos dias seguintes

"Em 4.1.2023, como visto, Mauro Cid já manifestava ciência sobre o ato de violência que ocorreria poucos dias depois. O grupo aguardava o evento popular como a tentativa derradeira de consumação do golpe, tanto que, uma vez iniciadas as ações de vandalismo, Mauro Cid comentou com a sua mulher: 'Se o EB sair dos quartéis? é para aderir'"

Ao todo, foram 34 denunciados em cinco diferentes peças. Bolsonaro foi denunciado junto com os ex-ministros Braga Neto (Casa Civil), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI). Também foram denunciados na mesma peça o ex-diretor-geral da Abin Alexandre Ramagem e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier

Gonet deixou fora da denúncia Valdemar Costa Neto e incluiu mais um coronel

O principal deles foi o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Ele havia entrado na mira da PF porque apresentou um pedido de verificação extraordinária nas urnas eletrônicas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Também ficaram de fora da denúncia o jurista Amauri Feres Saad, apontado na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid como um dos responsáveis por apresentar a Bolsonaro uma minuta golpista contra o resultado das eleições, e o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, acusado de participar dessas reuniões. A defesa do padre já havia afirmado que ele nunca discutiu plano de golpe com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Outros nomes indiciados pela PF e não denunciados pela PGR são o coronel Alexandre Castilho (apontado como um dos articuladores de uma carta para pressionar o Comando do Exército sobre um eventual golpe), o coronel Anderson Lima de Moura (também indiciado por causa da carta), o argentino Fernando Cerimedo (responsável por divulgar relatório com informações falsas sobre as urnas), e o ex-assessor presidencial Tércio Arnaud Tomaz (acusado de integrar o que chamam de gabinete do ódio e auxiliar na suposta disseminação de notícias falsas).

Além disso, Gonet ainda incluiu na denúncia mais um militar que não aparecia no relatório da PF, o coronel Márcio Nunes Resende de Araújo, acusado de envolvimento nas articulações golpistas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

PF expôs 6 núcleos para preparar suposto golpe 

Mauro Cid afirmou que Bolsonaro mandou monitorar Alexandre de Moraes, diz denúncia

A denúncia da procuradoria-geral da República que atribui a Bolsonaro cinco crimes que relacionados à um suposto plano de golpe revela que, em sua delação premiada, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirma que foi o ex-presidente quem ordenou a realização do monitoramento dos passos do ministro do Supremo Alexandre de Moraes.

De acordo com a denúncia, o objetivo do plano era "neutralizar o ministro".

Mauro Cid afirmou que ele mesmo transmitiu a demanda de Bolsonaro ao Coronel Marcelo Câmara, um dos denunciados por Gonet nesta terça-feira, perto do Natal de 2022. Evidências recolhidas pela PF -- como sinais das antenas de celulares e mendagens trocadas pelos investigados -- dão conta de que Moraes foi seguido pelos golpistas entre os dias 14 e 15 de dezembro daquele ano. A operação acabou cancelada no dia 16.

“Sobre as solicitações feitas à MARCELO CÂMARA às vésperas do Natal, informou que quem solicitou o monitoramento do Ministro Alexandre de Moraes “foi o ex-Presidente Jair Bolsonaro”, afirma a denúncia.

A PGR concluiu ainda que a operação Copa 2022 foi deflagrada após uma reunião no Palácio do Planalto com o próprio Bolsonaro, no dia 6 de dezembro de 2022. Teriam participado dessa reunião, além de Mauro Cid, também o coronel Rafael Martins de Oliveira, que organizou a logística do monitoramento nos dias seguintes. Nesse mesmo dia, o general Mário Fernandes imprimiu, dentro do Palácio do Planalto, o plano intitulado "Punhal Verde e Amarelo", que seria apreendido pela Polícia Federal meses mais tarde.

De acordo com a denúncia, nesse dia , o mesmo em que o então presidente se reuniu com os comandantes das Forças Armadas para apresentar a minuta do decreto golpista, os relatórios de antenas de celular indicavam Mauro Cid, Rafael Martins e Bolsonaro estavam na mesma área do Planalto ao mesmo tempo.

Fonte: https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2025/02/mauro-cid-afirmou-que-foi-bolsonaro-quem-mandou-monitorar-alexandre-de-moraes.ghtml
reginaldod
reginaldod 4 mjeseca prije
As mentiras serão torneadas verdades pelo STF e mídia, e Bolsonaro será preso e morto na cela da Papuda
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