Após polêmica, BC diz que Drex continua e que tokenização com moeda própria é objetivo final

Após uma série de rumores despertados pela decisão de desligar a plataforma utilizada nas duas primeiras fases do Drex, o Banco Central (BC) finalmente se pronunciou. De acordo com a autoridade monetária, o projeto continua de pé, é prioritário e terá a tokenização de ativos com o uso de moeda própria para liquidação como objetivo final.

Ou seja, o BC mantém firme sua posição de que o abandono da tecnologia de registro distribuído (DLT) – a base das blockchains das criptomoedas – na próxima fase é temporária. O foco seria apenas em garantir uma entrega mais rápida de um dos pontos mais importantes da iniciativa, que é trazer eficiência na utilização de garantias de crédito.

“O Projeto Drex segue como prioritário e estratégico para o Banco Central para ser a base da oferta de serviços financeiros mais eficientes, ágeis e seguros”, informou o BC em nota enviada ao Valor Economico.

“A fase 3 do projeto piloto do Drex começará no ano que vem com foco no uso de ativos como garantia de operações de crédito.”

No ano que vem, a terceira frase do Drex ocorrerá com foco na conciliação de gravames para que um ativo registrado na posse de uma pessoa possa ser utilizado como garantia de crédito. A tecnologia para isso não será DLT, ou seja, aquela que é a base das blockchains das criptomoedas.

Depois disso, a ideia é voltar aos testes com DLT. O BC reforçou que a ideia do Drex é oferecer uma plataforma interoperável e programável, que permita a componibilidade de serviços e o uso de contratos inteligentes.

“A tokenização de ativos na plataforma, com o uso de moeda de liquidação oferecida pelo Banco Central, permanece como o objetivo final do Projeto”, completou o BC.

Assim, a criação de um real digital para liquidar transações de ativos tokenizados ainda está nos planos da autoridade monetária.