Suécia e Finlândia atualizam e divulgam MANUAIS para instruir população em caso de GUERRA

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Países pedem que as pessoas armazenem água potável, comida enlatada, remédios, aquecimento, papel higiênico, dinheiro, lanternas e velas

A Suécia começou, na segunda-feira (18), a enviar panfletos a seus cidadãos pedindo que se preparem para a possibilidade de uma guerra, enquanto a Finlândia lançou um manual com conselhos sobre o que fazer em caso de conflito.

Ambos os países, geograficamente próximos à Rússia, abandonaram décadas de neutralidade militar e aderirem à Organização do Tratado do Atlântico Norte ( Otan) após a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.

O documento sueco, "Em caso de crise ou guerra", é uma versão atualizada de um livreto que já foi publicado cinco vezes desde a Segunda Guerra Mundial. A nova edição, porém, é quase o dobro do tamanho da distribuída há seis anos, em razão do que Estocolmo chama de piora na situação de segurança em decorrência na guerra entre Rússia e Ucrânia.

A publicação é distribuída pela Agência Sueca de Contingências Civis (MSB) e reúne conselhos sobre como se preparar para emergências como guerras, desastres naturais ou ciber-ataques. O documento de 32 páginas descreve com ilustrações as ameaças enfrentadas pelo país, como conflitos militares, desastres naturais, ataques cibernéticos e terroristas. Inclui ainda dicas de preparação, como estocar alimentos não perecíveis e armazenar água.

Mais de cinco milhões de folhetos serão enviados nas próximas duas semanas. O documento também está disponível em versão digital e em vários idiomas.

O guia sueco atualizado explica como responder a um ataque com armas nucleares, químicas ou biológicas. Em um dos trechos, ele diz o seguinte: “proteja-se da mesma forma que em um ataque aéreo. Abrigos fornecem a melhor proteção. Depois de alguns dias, a radiação diminui drasticamente.”

“Não é segredo que a situação de segurança se deteriorou desde que o folheto anterior foi emitido em 2018“, disse Carl-Oskar Bohlin, ministro da defesa civil, em uma entrevista a jornalistas no mês passado. A ilha sueca de Gotland, no Mar Báltico, fica a pouco mais de 300 quilômetros do enclave russo de Kaliningrado.

Temor entre nórdicos

Já a Finlândia, que compartilha uma fronteira de 1.340 quilômetros com a Rússia, lançou na segunda-feira um site com conselhos sobre como se preparar para diferentes tipos de crises. O governo, porém, preferiu não gastar com impressões.

Não faz muito tempo que a Finlândia e a Suécia ainda eram Estados neutros, embora sua infraestrutura e seu “sistema de defesa total” remontem à Guerra Fria. Devido à sua longa fronteira com a Rússia e à sua experiência de guerra com a União Soviética na Segunda Guerra Mundial, a Finlândia sempre manteve um alto nível de defesa. A Suécia, no entanto, reduziu sua infraestrutura e só nos últimos anos começou a se preparar novamente.

No manual on-line, os finlandeses são questionados sobre como lidariam com a falta de energia elétrica por dias a fio, com temperaturas de inverno tão baixas quanto -20ºC. Sua lista de verificação também inclui comprimidos de iodo, além de alimentos fáceis de cozinhar, ração para animais de estimação e uma fonte de alimentação de reserva.

 

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