Rússia confira que Putin concedeu asilo político a Assad

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Presidente Vladimir Putin, aliado de Assad, foi quem decidiu pelo asilo, segundo o porta-voz presidencial. Ex-ditador sírio fugiu do país após rebeldes tomarem a capital, Damasco, no fim de semana. As..

O Kremlin, sede do governo russo, declarou nesta segunda-feira (9) que a Rússia concedeu asilo político a Bashar al-Assad, líder sírio deposto neste fim de semana. De acordo com Dmitry Peskov, porta-voz presidencial, a decisão de oferecer abrigo a Assad e sua família foi tomada pelo presidente Vladimir Putin.

No domingo, a agência de notícias russa Tass informou que Assad está em Moscou, capital russa. Ainda no mesmo dia, a Rússia anunciou que o líder sírio deixou seu país e ordenou uma “transição pacífica de poder”.

Contudo, o Kremlin não confirma a presença de Assad em território russo. “Quanto ao paradeiro do presidente Assad, não tenho nada para falar a vocês. O que aconteceu surpreendeu o mundo inteiro. Nós não somos exceção”, afirmou Peskov à imprensa.

Após 24 anos no comando da Síria, Assad deixou a capital Damasco quando rebeldes entraram na cidade sem enfrentar resistência militar.

A pedido da Rússia, o Conselho de Segurança da ONU realizará uma reunião nesta segunda-feira para debater a situação na Síria, marcada para as 17h, no horário de Brasília.

Retomada da guerra na Síria

O grupo rebelde jihadista HTS tomou a capital síria Damasco neste final de semana e derrubou o governo de Bashar al-Assad. O ditador se mantinha no poder com apoio militar de aliados como a Rússia e o Irã.

A guerra civil na Síria começou em 2011 e, nos últimos quatro anos, parecia estar adormecida. Após um período sangrento de confrontos, que deixaram cerca de 500 mil mortos e causaram um enorme êxodo de sírios, o ditador conseguiu manter o controle sobre a maior parte do território graças ao suporte da Rússia, do Irã e da milícia libanesa Hezbollah.

No entanto, agora a Rússia está em guerra com a Ucrânia, e o Irã vive um conflito com Israel. O Hezbollah, por sua vez, perdeu seus principais comandantes neste ano, mortos em ataques israelenses.

Para os analistas, essa situação faz com que nem Putin nem o regime iraniano estejam dispostos a entrar de cabeça em mais uma guerra.

Um porta-voz do governo da Ucrânia disse que a escalada do conflito na Síria mostra que a Rússia não consegue lutar em duas guerras ao mesmo tempo.

Informações publicadas no sábado indicam que o Hezbollah e o regime iraniano estão retirando tropas que mantêm na Síria.

reginaldod
reginaldod 17 dias atrás
Putin um dos poucos que apoia fielmente seus comparsas.
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