Reunião de Lula sobre CORTE DE GASTOS acaba sem DECISÕES; Debate deve seguir

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Entre 27 moedas, real foi a segunda que mais perdeu valor em 2024. Brasil está bem próximo de bater a máxima histórica nominal do dólar, de R$ 5,90

A reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com seus ministros para discutir medidas de contenção de gastos foi finalizada no início da noite desta segunda-feira, sem a realização de um anúncio ou coletiva de imprensa, com o Ministério da Fazenda informando que as discussões continuarão na terça-feira.

“O Ministério da Fazenda informa que na reunião desta segunda-feira, o quadro fiscal do país foi apresentado e compreendido, assim como as propostas em discussão,” afirmou o ministério em comunicado.

Segundo a pasta, na próxima fase da reunião, outros ministérios serão convocados pela Casa Civil “para que também possam opinar e contribuir”.

Mais cedo nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que as medidas fiscais a serem anunciadas pelo governo estavam “muito avançadas” do ponto de vista técnico, destacando sua expectativa de que possam ser divulgadas ainda nesta semana, o que trouxe uma melhora no clima do mercado.

Participaram do encontro no Palácio do Planalto Haddad, além dos ministros da Casa Civil, Rui Costa; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; da Gestão, Esther Dweck; da Saúde, Nísia Trindade; da Educação, Camilo Santana; e do Trabalho, Luiz Marinho.

Na semana passada, Marinho informou a jornalistas que não havia sido consultado sobre possíveis ajustes em programas trabalhistas, como o abono salarial e o seguro-desemprego, o que, segundo ele, indicava que essas medidas não estavam sendo consideradas.

A reunião, iniciada no meio da tarde, também contou com a presença do secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, o Secretário de Política Econômica da pasta, Guilherme Mello, e a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.

Segundo informou Haddad mais cedo nesta segunda, o encontro no Planalto serviria para Lula decidir qual seria a melhor forma de comunicação das medidas fiscais. Ele ressaltou que o presidente passou o fim de semana trabalhando o assunto, em contato com técnicos, mas não apresentou detalhes do pacote.

Após adotar ações de controle de cadastros e combate a fraudes em programas sociais e previdenciários, a equipe econômica decidiu preparar um anúncio para depois das eleições municipais de outubro, como antecipado pela Reuters, propondo medidas mais estruturais de controle de gastos.

O objetivo do governo é dar sustentação ao arcabouço fiscal e reduzir a trajetória da dívida pública. Entre as ações estudadas nos últimos meses, a equipe econômica avaliava ajustes em programas como o Benefício de Prestação Continuada, auxílios previdenciários e pisos de Saúde e Educação.

Brasil está bem próximo de bater a máxima histórica nominal do dólar, de R$ 5,90

O Brasil está prestes a alcançar a máxima histórica do dólar, próxima de R$ 5,90, mas desta vez sem o impacto de uma pandemia global. A alta da moeda americana acontece durante o governo Lula 3, em um contexto que já foi apelidado por críticos de “pandemia econômica do lulopetismo”.

Não há fatores externos significativos que justifiquem essa valorização; trata-se de uma combinação de pressões internas e incertezas fiscais que geram tensão na economia.

Uma das principais expectativas do mercado é o anúncio de um pacote de gastos públicos, mas a lentidão do governo em apresentar essas medidas tem alimentado ainda mais a desconfiança dos investidores. Diante das cobranças, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou as perguntas da imprensa, chamando-as de “forçação boba” durante um evento em Brasília na última quarta-feira (30).

Entre 27 moedas, real foi a segunda que mais perdeu valor em 2024

Entre 27 moedas acompanhadas, o real foi a segunda que mais se desvalorizou em relação ao dólar em 2024, com uma queda de 16,21%, conforme dados da consultoria Elos Ayta para o portal Metrópoles. Até 31 de outubro, a moeda brasileira ficou atrás apenas do peso argentino, que teve uma desvalorização de 18,40%.

Em outubro, o real também ocupou o segundo lugar entre as moedas que mais perderam valor, ficando atrás apenas do peso chileno. Em 2024, apenas três moedas se valorizaram em relação ao dólar: o dólar de Hong Kong, a libra esterlina e o rand sul-africano.

Na sexta-feira (1º de novembro), o dólar apresentou uma alta em relação ao real, atingindo R$ 5,82, com picos de R$ 5,83, marcando uma valorização de 0,77% no dia. No fechamento de outubro, a cotação do dólar era de R$ 5,78.

Analistas destacam que tanto fatores globais quanto locais influenciam essa situação. Nesta semana, um dos principais pontos é o aumento da percepção de risco fiscal no Brasil. Esses fatores geram incertezas e pressionam o câmbio, contribuindo para a valorização do dólar em relação ao real.

reginaldod
reginaldod 2 meses atrás
A decisão já está tomada, o cachaça quer gastar e desviar parte da grana para sua conta pessoal no Banco do Vaticano e o corte não é feito.
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