O presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu terminar a guerra em troca de ficar com dois dos territórios ucranianos que atualmente ocupa: os de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.
A oferta foi feita por Putin ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o encontro entre os dois líderes na sexta-feira (15), segundo a agência de notícias Reuters e o jornal “The New York Times”, com base em fontes das negociações.
A oferta é a primeira medida concreta que se conhece da reunião entre Putin e Trump, que terminou sem um acordo de cessar-fogo nem propostas oficiais.
Segundo as reportagens, a Rússia estaria disposta a abdicar de todos as outras regiões que atualmente ocupa militarmente na Ucrânia — cerca de 20% do total do territorio ucraniano. Para isso, o governo ucraniano teria de aceitar que os distritos de Donetsk e Lugansk se tornem parte da Rússia.
Os dois distritos, que juntos compõem a região do Donbass, no leste da Ucrânia e na fronteira com o sudoeste da Rússia (veja no mapa abaixo). É no Donbass onde fica o maior movimento de separatista pró-Rússia da Ucrânia.
Antes mesmo da guerra, Putin já reivindicava a região, alegando que a área seria parte de terras ancestrais ucranianas que integrariam originalmente o território russo. Em 2022, apenas três dias antes de a guerra na Ucrânia começar, o líder russo assinou um decreto reconhecendo o Donbass como territórios independentes.
O governo ucraniano ainda não havia se pronunciado sobre a suposta proposta de Putin até a última atualização desta reportagem.
Mas, segundo a rede de TV norte-americana Fox News, Trump já comunicou a proposta a Zelensky.
Em uma entrevista à emissora, o presidente dos EUA disse que o ucraniano deveria aceitar a proposta de Putin porque “a Rússia é uma grande potência e eles [ucranianos], não”. Quando questionado se daria algum conselho ao líder ucraniano, respondeu: “Faça o acordo. Você precisa fazer o acordo”.
Em declarações recentes, Zelensky tem dito que não abrirá mão de nenhum território ucraniano

