Operação Teia de Aranha: o que se sabe sobre o mega-ataque com drones da Ucrânia que destruiu 41 aviões russos

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Ucrânia escondeu drones em contêineres e os levou de caminhão para perto das bases aéreas, atingindo parte da artilharia aérea russa de longo alcance.

Ucrânia destruiu mais de 40 aviões com capacidade nuclear na Sibéria neste domingo (1). A operação, chamada de Teia de Aranha, pareceu tirada de um roteiro de ação de Hollywood, com drones saindo de compartimentos escondidos em contêineres.

O ataque surpreendeu pelo local, a mais de 4.000 km do front da guerra, e o método de ação, que usou caminhões para levar contêineres com drones e explosivos escondidos no teto.

As autoridades russas foram pegas de surpresa pela Ucrânia. A Rússia considerou os ataques como um ato terrorista.

O presidente Volodimyr Zelensky considerou a operação como "brilhante" e "nossa operação de maior alcance".

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk, a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte russo, como Murmansk.

Onde ocorreu a operação?

Essa distância vai além do alcance de drones de ataque de longo alcance ou mísseis balísticos do arsenal ucraniano e precisou de um esquema especial para levar os drones até os alvos.

A Rússia disse ainda que conseguiu reprimir ataques na região de Amur, no extremo leste do país, e em Ivanovo e Ryazan, no oeste.

Como foram feitos os ataques?

A operação Teia de Aranha transportou os drones por caminhões para o território russo, escondidos no teto de contêineres.

Os drones estavam armados com explosivos e foram colocados entre painéis de madeira no teto de contêineres.

Antes do ataque, esses contêineres foram levados de caminhão ao perímetro das bases aéreas.

Na hora do ataque, o topo dos contêineres foi levantado por um mecanismo remoto, permitindo aos drones voar e iniciar o ataque.

Quais aeronaves foram atingidas?

Até o momento, as informações das agências de notícias citam que foram atingidos 41 aviões estacionados em diversos campos aéreos. A lista inclui bombardeiros A-50, Tu-95 e Tu-22M.

Moscou já usou o Tupolev Tu-95 e Tu-22, bombardeiros de longo alcance, para lançar mísseis contra a Ucrânia. Os A-50 são usados para coordenar alvos e detectar defesas aéreas e mísseis guiados.

Diferentemente de mísseis, que podem ser substituídos com facilidade, os aviões não devem ser repostos tão cedo pela Rússia.

Segundo o jornal "Financial Times", citando a inteligência ucraniana, os ataques causaram mais de US$ 7 bilhões em danos e que 34% da frota de aeronaves estratégicas de transportes de mísseis foi atingida.

Quanto tempo levou o planejamento da missão?

A operação Teia de Aranha levou um ano e meio entre planejamento e ação e foi supervisionada pelo presidente Volodimyr Zelensky e por Vasyl Maliuk, chefe da agência de inteligência doméstica (SBU).

O governo ucraniano informou que os Estados Unidos não foram avisados previamente da operação Teia de Aranha.

 

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