A Operação Imeri, conforme descrita em fontes disponíveis, é um suposto plano brasileiro para resgatar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e membros de sua cúpula, em um contexto de crescente pressão internacional, especialmente dos Estados Unidos, contra o regime venezuelano. Abaixo, detalho as informações disponíveis com base em fontes confiáveis, incluindo a data de elaboração, autoridades e instituições envolvidas, circunstâncias para sua execução e possíveis fontes de informação. Ressalto que as informações são baseadas em relatos específicos e devem ser tratadas com cautela, pois não há confirmação oficial de que o plano tenha sido ou será implementado.
1. Contexto e Origem da Operação Imeri
A Operação Imeri teria sido concebida como uma resposta ao cerco liderado pelos Estados Unidos contra o regime de Nicolás Maduro, acusado de narcoterrorismo e vínculos com o Cartel de los Soles, o Cartel de Sinaloa e o grupo paramilitar Tren de Aragua. O plano surge em um momento de intensificação das tensões diplomáticas e militares, especialmente após a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, em agosto de 2025, de deslocar três destróieres de mísseis guiados (USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson) e cerca de 4.000 militares para o sul do Caribe, oficialmente para combater o narcotráfico, mas interpretado como uma pressão direta contra Maduro. A recompensa pela captura de Maduro foi elevada para US$ 50 milhões, reforçando sua classificação como criminoso internacional.
Nesse cenário, o Brasil, buscando manter canais diplomáticos com a Venezuela e evitar uma escalada de conflito na região, teria discutido um plano para extrair Maduro e sua cúpula antes que fossem capturados por forças norte-americanas ou grupos de resistência armados;
O nome "Imeri" deriva da serra que divide Brasil e Venezuela, simbolizando a conexão entre os dois países.
2. Data de Elaboração
As discussões iniciais da Operação Imeri teriam ocorrido entre 21 e 22 de agosto de 2025, durante encontros à margem da cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA/CELAC) em Bogotá, Colômbia. Esses encontros envolveram o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o chanceler venezuelano Yván Gil, sob o pretexto de discutir cooperação fronteiriça e integração econômica. Extraoficialmente, a possibilidade de evacuar Maduro foi ventilada com a mediação de assessores militares.
Não há uma data oficial de elaboração do plano, mas as fontes indicam que ele foi concebido como uma resposta emergencial às movimentações militares dos EUA em agosto de 2025. A ausência de confirmação oficial reforça a natureza sigilosa e especulativa do plano.
3. Autoridades e Instituições Brasileiras EnvolvidasAs seguintes autoridades e instituições brasileiras estariam supostamente envolvidas na concepção e planejamento da Operação Imeri:
Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty): O chanceler Mauro Vieira teria liderado as discussões iniciais com o chanceler venezuelano Yván Gil. O Itamaraty teria coordenado os aspectos diplomáticos do plano, incluindo a possibilidade de classificar a operação como uma missão humanitária para evitar críticas internacionais.
Forças Armadas Brasileiras:
Marinha do Brasil: O plano ostensivo envolveria o uso de doze meios navais e aeronavais, incluindo o Porta-Helicópteros Multipropósito Atlântico, fragatas da classe Niterói e o navio-doca Bahia. Unidades de elite, como o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (BtlOpEspFuzNav) e o Grupamento de Mergulhadores de Combate (GruMeC), seriam mobilizadas para estabelecer um corredor marítimo de evacuação
Força Aérea Brasileira (FAB): A alternativa aérea envolveria o uso de uma aeronave KC-390 Millennium, operada por aviadores da Base Aérea de Anápolis, com um destacamento combinado de forças especiais, incluindo o Comando de Operações Especiais do Exército (COpEsp), o Comando Naval de Operações Especiais da Marinha (CoNavOpEsp) e o PARA-SAR da FAB. O plano previa um pouso de assalto em uma pista venezuelana, com extração rápida de Maduro e sua cúpula, seguida de um voo para a Base Aérea de Boa Vista, em Roraima.
Exército Brasileiro: Unidades do Comando de Operações Especiais estariam envolvidas na operação aérea, especialmente em ações de infiltração e segurança.
Presidência da República: O plano seria amparado juridicamente pelo artigo 84, inciso XIII, da Constituição Federal, que confere ao Presidente da República o comando supremo das Forças Armadas. O governo Lula teria classificado a operação como um "exercício militar combinado" ou "missão humanitária" para contornar a necessidade de autorização do Congresso Nacional
Serviços de Inteligência: Embora não explicitamente mencionados, setores de inteligência diplomática e militar do Brasil teriam participado do planejamento, com possíveis atritos internos devido à resistência de setores das Forças Armadas, especialmente da Marinha, à ideia de resgatar Maduro
4. Detalhes do PlanoA Operação Imeri teria duas vertentes principais:
Vertente Naval:
Mobilização de doze meios navais, incluindo o Porta-Helicópteros Atlântico, fragatas e o navio-doca Bahia, para criar um corredor marítimo de evacuação.
Envolveria forças especiais da Marinha, como o BtlOpEspFuzNav e o GruMeC, para garantir a segurança da operação.
A operação seria classificada como um "exercício militar combinado" em águas internacionais para evitar a necessidade de aprovação legislativa, aproveitando brechas jurídicas já utilizadas em missões anteriores.
Vertente Aérea:
Uso de um KC-390 Millennium para uma infiltração rápida em território venezuelano.
A aeronave realizaria um pouso de assalto em uma pista previamente selecionada, com Maduro e sua cúpula sendo embarcados rapidamente. O KC-390 faria uma manobra de meia-volta na pista e decolaria imediatamente, minimizando a exposição.
O destino seria a Base Aérea de Boa Vista, onde uma área de segurança seria isolada para receber Maduro, que ficaria sob vigilância brasileira em uma instalação protegida.
A distância estimada para o voo seria de cerca de 3.000 km (Boa Vista-Caracas-Boa Vista) ou 5.000 km (Manaus-Caracas-Manaus), dependendo do ponto de origem. A velocidade do KC-390 seria um fator surpresa.
5. Circunstâncias para Execução do PlanoO plano seria colocado em prática sob as seguintes condições:
Ameaça Iminente dos EUA: A Operação Imeri seria ativada caso houvesse uma ameaça concreta de captura de Maduro por forças norte-americanas ou grupos de resistência armados, especialmente em resposta às movimentações navais dos EUA no Caribe em agosto de 2025. O plano buscaria evitar um conflito direto ou uma crise humanitária na região.
Colapso do Regime Venezuelano: A operação seria considerada em caso de colapso interno do regime de Maduro, marcado por divisões nas Forças Armadas Venezuelanas, colapso econômico e perda de legitimidade internacional. A extração de Maduro seria uma tentativa de estabilizar a situação e evitar um vácuo de poder.
Pressão Diplomática Brasileira: O Brasil, mantendo canais de diálogo com a Venezuela, poderia usar a operação para reforçar sua posição como mediador regional, evitando que Maduro caísse diretamente nas mãos dos EUA, o que poderia gerar sanções adicionais contra o Brasil.
Riscos de Sanções dos EUA: As fontes indicam que os EUA monitoram de perto as intenções brasileiras, e qualquer tentativa de executar a Operação Imeri poderia resultar em sanções econômicas e diplomáticas contra setores estratégicos brasileiros, como defesa e comércio.
6. Reação das Forças Armadas Brasileiras
Houve resistência significativa dentro das Forças Armadas Brasileiras, particularmente na Marinha do Brasil. Setores do Corpo de Fuzileiros Navais teriam se recusado a participar ou colaborar com a extração de Maduro, devido à sua associação com um regime acusado de narcoterrorismo. Essa recusa gerou atritos internos e revelou divisões profundas nas Forças Armadas sobre o envolvimento com o regime venezuelano.
7. Possíveis Fontes de Informação
As informações sobre a Operação Imeri são baseadas em um artigo exclusivo publicado pelo site DefesaNet, assinado por Felipe Gonzales Saraiva da Rocha, graduado em Relações Internacionais e especialista em subversão, defesa e segurança. O artigo, intitulado "Exclusivo – Operação Imeri – O resgate clandestino de Nicolás Maduro pelo Brasil", foi publicado em 24 de agosto de 2025. A DefesaNet ressalta que as informações são consideradas reais com base em seu entendimento, mas não garantem que a operação será realizada total ou parcialmente, ou mesmo que ocorra.
Outras fontes mencionadas incluem:
O Globo: Publicou uma nota em 22 de agosto de 2025, citando fontes do Itamaraty sobre a movimentação naval dos EUA perto da Venezuela, o que teria acendido alertas no Brasil sobre segurança, comércio e impactos humanitários.
Itamaraty: Um post no X do Ministério das Relações Exteriores em 21 de agosto de 2025 mencionou discussões entre Mauro Vieira e Yván Gil sobre cooperação fronteiriça, mas não confirmou explicitamente a Operação Imeri
Políbio Braga: Reproduziu o artigo da DefesaNet, reforçando as informações sobre o plano.
8. Observações e Limitações
Falta de Confirmação Oficial: Não há confirmação oficial do governo brasileiro ou de autoridades venezuelanas sobre a existência da Operação Imeri. As informações são baseadas em fontes jornalísticas e especulações, o que exige cautela na interpretação.
Sigilo e Sensibilidade: A natureza sigilosa do plano, conforme descrito, implica que muitos detalhes podem permanecer confidenciais ou serem negados oficialmente.
Contexto Político: A Operação Imeri reflete a delicada posição do Brasil como mediador regional, equilibrando relações com a Venezuela e pressões dos EUA. A resistência interna nas Forças Armadas e o risco de sanções americanas são fatores limitantes para sua execução
Nota do Editorial
A Operação Imeri, conforme relatada, é um suposto plano brasileiro para resgatar Nicolás Maduro e sua cúpula em um cenário de crise iminente na Venezuela, utilizando meios navais (Porta-Helicópteros Atlântico, fragatas, navio-doca Bahia) e aéreos (KC-390 Millennium). O plano teria sido discutido em agosto de 2025, envolvendo o Itamaraty, a Presidência da República e as Forças Armadas Brasileiras, com destaque para o chanceler Mauro Vieira. As circunstâncias para sua execução incluem uma ameaça direta dos EUA ou o colapso do regime venezuelano. No entanto, a resistência interna nas Forças Armadas e o monitoramento americano limitam sua viabilidade.
Fonte: https://www.defesanet.com.br/geopolitica/agenda-trump/exclusivo-operacao-imeri-o-resgate-clandestino-de-nicolas-maduro-pelo-brasil/ e no blog Políbio Braga.