O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou que a autarquia está no limite por conta da falta de servidores.
“O Banco Central está derretendo”, disse durante a posse de Flávio Dino como ministro do STF, na quinta-feira (23).
Segundo ele, a autoridade monetária está perdendo sete funcionários por dia e que os mais qualificados estão indo trabalhar em bancos privados.
Os servidores reclamam de baixos salários e falta de um plano de carreira. Na última terça-feira (21), os funcionários fizeram uma paralisação de 48 horas, organizada pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).
O grupo rejeitou a proposta do governo de conceder reajuste de 13%, parcelado para 2025 e 202, já que os servidores pedem um reajuste de 36% e reestruturação da carreira.
Governo oferta reajuste de até 23% para funcionários do BC
A intenção é terminar com a greve, que iniciou em 3 de julho de 2023 e manteve o indicativo desde então
Durante assembleia nesta quinta (22), depois de 48 horas de paralisação, os trabalhadores combinaram pela retirada do indicativo de greve para terça (27) e quarta (28).
Segundo o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), a medida foi um “gesto da categoria em resposta” à proposta do governo.