A concessionária de energia Enel Distribuição SP informou que cerca de 250 mil imóveis de cidades da Grande São Paulo continuavam sem energia elétrica até as 6h desta terça-feira (15), quarto dia de apagão.
De acordo com a Enel, 172 mil imóveis estão sem luz na capital paulista; em Taboão da Serra são 24 mil; Cotia, 19 mil e São Bernardo do Campo com 11 mil endereços sem energia.
Na manhã de terça-feira, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), órgao da capital paulista, reportou que 48 semáforos estavam inoperantes devido à falta de energia, enquanto a prefeitura lidava com um volume expressivo de quedas de árvores — 386 incidentes foram registrados até o início da semana.
A infraestrutura urbana sofreu grandes impactos, incluindo interrupções no abastecimento de água em várias cidades da Grande São Paulo, como divulgado pela Sabesp. Em locais como Mauá e bairros das zonas sul e oeste da capital, a energia continua oscilante, afetando diretamente o transporte da água para áreas mais elevadas.
A Sabesp apelou para o uso consciente de água pelos moradores das áreas afetadas, a fim de acelerar o restabelecimento completo do sistema.
Apagão já causou R$ 1,65 bilhão em prejuízos ao varejo e aos serviços da cidade de SP, diz Fecomércio-SP
Levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta que a falta de eletricidade em parte significativa da cidade de São Paulo, que já dura quatro dias, está gerando prejuízos graves aos setores do varejo e de serviços que já somam cerca de R$ 1,65 bilhão.
Segundo a entidade, os cálculos consideram o faturamento que ambos as empresas deixaram de registrar no período e as perdas brutas até essa segunda-feira (14). O apagão chegou nesta terça (15) ao 4° dia consecutivo com mais de 250 mil endereços ainda sem luz na Grande SP.
Só no varejo, os prejuízos são de pelo menos R$ 536 milhões nos três dias em que parte dos agentes do setor ficou sem funcionar na cidade. No caso dos serviços, as perdas somaram R$ 1,1 bilhão.
“Esses dados foram compilados levando em conta que, aos fins de semana, o comércio de São Paulo tende a faturar, em média, R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões”, disse um comunicado da empresa divulgado na madrugada desta terça-feira (15).
“O valor deverá ser maior, porque a empresa responsável pela distribuição de energia, a Enel, ainda não forneceu respostas concretas sobre o retorno do serviço à totalidade dos imóveis que dependem da rede”, completou a Fecomércio-SP.
Imagens de satélite mostram luminosidade antes e depois do apagão em SP
Esforços de recuperação
A Enel, em parceria com outras empresas de distribuição de energia, montou uma força-tarefa para enfrentar os danos causados pelas tempestades. Foram mobilizados 2.900 profissionais e mais de 200 caminhões para auxiliar na recuperação, complementando os recursos já disponíveis da concessionária. O presidente da Enel declarou a presença de 500 geradores de grande porte para situações essenciais, como em hospitais, além do apoio aéreo para identificação de falhas em linhas de transmissão.
Impactos na infraestrutura e serviços públicos
A infraestrutura urbana sofreu grandes impactos, incluindo interrupções no abastecimento de água em várias cidades da Grande São Paulo, como divulgado pela Sabesp. Em locais como Mauá e bairros das zonas sul e oeste da capital, a energia continua oscilante, afetando diretamente o transporte da água para áreas mais elevadas.
A Sabesp apelou para o uso consciente de água pelos moradores das áreas afetadas, a fim de acelerar o restabelecimento completo do sistema.