O governo da Venezuela fechou a fronteira com o Brasil, nesta sexta-feira (10), data da posse de Nicolás Maduro como presidente do país. A passagem entre os dois países fica na cidade de Pacaraima, em Roraima.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Palácio do Itamaraty), o fechamento deve durar até segunda-feira.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Palácio do Itamaraty), o fechamento deve durar até segunda-feira.
Militares da guarda venezuelana colocaram cones que restringem o tráfego de veículos e se posicionaram no limite com o Brasil.
Militares da guarda venezuelana colocaram cones que restringem o tráfego de veículos e se posicionaram no limite com o Brasil.
É possível ver que há uma interrupção no fluxo migratório
Em nota, o Ministério da Justiça confirmou o fechamento da fronteira pelas autoridades venezuelanas, e esclareceu que a decisão "foi tomada de forma independente pelo país vizinho".
A PM de Roraima informou que "as movimentações na cidade de Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela, seguem dentro da normalidade, com registro de leve redução no fluxo migratório de entrada no Brasil, mas sem alterações significativas".
A PM de Roraima informou que "as movimentações na cidade de Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela, seguem dentro da normalidade, com registro de leve redução no fluxo migratório de entrada no Brasil, mas sem alterações significativas".
"Também é importante ressaltar que, historicamente, em situações similares, a Venezuela impõe restrições à passagem em seu território pela fronteira em Pacaraima", segue o texto.
"Também é importante ressaltar que, historicamente, em situações similares, a Venezuela impõe restrições à passagem em seu território pela fronteira em Pacaraima", segue o texto.
Vale lembrar que a fronteira também foi fechada em junho do ano passado, às vésperas das eleições presenciais entre os candidatos Maduro e Edmundo González. O fluxo foi interrompido na sexta-feira (26), dois dias antes do pleito, em 28 de junho.
Posse de Maduro
Nicolás Maduro tomou posse, nesta sexta-feira (10), para seu terceiro mandato como presidente venezuelano.
Embora o Conselho Nacional Eleitoral e a Suprema Corte venezuelana tenham proclamado a vitória de Maduro, a oposição, organismos internacionais e outros países alegam que houve fraude no processo eleitoral de 2024 e reconhecem Edmundo González como presidente legítimo.
Embora o Conselho Nacional Eleitoral e a Suprema Corte venezuelana tenham proclamado a vitória de Maduro, a oposição, organismos internacionais e outros países alegam que houve fraude no processo eleitoral de 2024 e reconhecem Edmundo González como presidente legítimo.
Segundo a oposição, a divulgação das atas eleitorais demonstra a vitória de González. A Suprema Corte do país, entretanto, alinhada a Maduro, proibiu a divulgação dessas atas.
Segundo a oposição, a divulgação das atas eleitorais demonstra a vitória de González. A Suprema Corte do país, entretanto, alinhada a Maduro, proibiu a divulgação dessas atas.
Oficialmente, o Brasil não reconheceu a vitória de Maduro nem a vitória da oposição. O presidente Lula, por sua vez, a exemplo de outros líderes internacionais, tem cobrado a divulgação das atas.
Oficialmente, o Brasil não reconheceu a vitória de Maduro nem a vitória da oposição. O presidente Lula, por sua vez, a exemplo de outros líderes internacionais, tem cobrado a divulgação das atas.
Sem a presença de Lula, o Brasil foi representado na solenidade de posse do venezuelano a pela embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira.