Lula cai no banheiro, fere a nuca e cancela viagem para a Rússia

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Lula foi atendido no Hospital Sírio Libanês no sábado, em Brasília, após cair e sofrer ferimento na cabeça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu um acidente doméstico neste sábado (19) em Brasília, o que o levou a cancelar a viagem que faria à Rússia na tarde deste domingo (20). Segundo um boletim médico do Hospital Sírio-Libanês em Brasília, para onde foi levado, Lula teve um ferimento na região da nuca, mas sem gravidade.

O incidente ocorreu quando Lula sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada. Relatos indicam que ele estava sentado em um banco que escorregou, levando à queda e à batida na parte de trás da cabeça, onde precisou levar cinco pontos.

Na residência oficial, Lula estava acompanhado apenas da primeira-dama, Janja da Silva. O casal já estava preparando as malas para a viagem à Rússia, onde o presidente participaria da Cúpula dos BRICS. A partida estava prevista para a tarde de domingo.

Após o acidente, Lula foi encaminhado ao Hospital Sírio-Libanês de Brasília, onde recebeu atendimento de emergência e foi liberado no mesmo dia. Ele realizou exames e levou cinco pontos, sem necessidade de internação. No domingo, retornou ao hospital para uma nova avaliação.

A equipe médica recomendou que Lula cancelasse a viagem à Rússia e permanecesse em repouso. De acordo com o boletim médico do hospital, o presidente sofreu um "ferimento corto-contuso na região occipital", ou seja, um corte na parte de trás da cabeça. A assessoria da Presidência informou que ele participará da Cúpula dos BRICS por videoconferência e que manterá sua agenda de trabalho em Brasília, no Palácio do Planalto, durante a semana. Na cúpula, estavam previstas reuniões bilaterais com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping.

Cúpula dos Brics

A Cúpula do Brics, inicialmente formada por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, inclui também, desde o ano passado, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia.

Na cidade russa de Kazan, onde ocorre a cúpula dos Brics, Lula estaria na companhia dos ministros de Relações Exteriores, Mauro Vieira, Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

Agora, ele vai participar por meio de videoconferência e é incerta a participação presencial dos ministros. Segundo a Secom, o presidente "terá agenda de trabalho normal esta semana em Brasília, no Palácio do Planalto".

Com o ingresso de nações com regimes antidemocráticos, e mais de 30 outros candidatos a fazer parte do clube, como Venezuela e Nicarágua, Lula iria defender dois pontos considerados prioritários em sua política externa.

São eles a reforma da governança global, com destaque para o Conselho de Segurança da ONU, e a busca de formas de os países do bloco dependerem menos do dólar nas transações comerciais e de organismos multilaterais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.

O Brasil assumirá a presidência do Brics em janeiro de 2025, mas concentrará suas atividades no bloco no primeiro semestre. Na última parte do ano, o foco será a COP 30, conferência mundial sobre o clima, sediada em Belém (PA).

Agora por videoconferência, a ideia é que Lula possa argumentar que haverá resultados concretos, como aconteceu em 2014, na cúpula realizada em Fortaleza (CE), com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, sigla em inglês), ou Banco do Brics.

A instituição, até hoje, já emprestou mais de US$ 32 bilhões (18% ao Brasil), sobretudo em infraestrutura, com uma forte pegada de sustentabilidade e "funding" formado basicamente no mercado de capitais, principalmente o chinês.


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