Lewandowski afirma que parlamentares não têm imunidade se cometerem crimes contra a honra

Pátria e Defesa App avatar   
Pátria e Defesa App
Declaração do ministro ocorre após indiciamentos de deputados pela PF e críticas do presidente da Câmara, Arthur Lira

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira (3) que o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que crimes contra a honra, como injúria, calúnia e difamação, não estão protegidos por imunidade parlamentar.

“Se da tribuna, um deputado cometer um crime contra a honra, seja contra colega ou qualquer cidadão, ele não tem imunidade em relação a isso. Até porque a vida do Parlamento (parlare, conversar, em latim) seria inviabilizada, com ataques à honra. Em proteção ao cotidiano, o Supremo assentou essa jurisprudência. Portanto, os inquéritos da PF levaram ISSO em consideração”, disse o ministro.

A declaração foi feita na Comissão de Segurança Pública do Senado Federal, onde Lewandowski foi convidado para apresentar e discutir as ações de sua pasta ao longo do ano.

Confira as falas do atual Ministro da Justiça sobre liberdade de expressão:

"Há limites para tudo, não há nenhum direito absoluto... nem o direito à vida, liberdade e muito menos a liberdade de expressão" - Ricardo Lewandowski

Em plena Câmara dos Deputados, Ministro da Justiça diz que os discursos dos Parlamentares não têm imunidade em crimes contra a honra, contrariando expressamente o Artigo 53 da Constituição Federal. Ex-Ministro do STF, Ricardo Lewandowski usou a “jurisprudência” da Corte para justificar sua fala.

O ministro respondeu aos questionamentos do senador Jorge Seif (PL-SC) sobre a atuação da Polícia Federal em inquéritos e indiciamentos envolvendo parlamentares que, após utilizarem a tribuna, se tornaram alvos de investigação.

No mês passado, a Polícia Federal indiciou o deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) devido a discursos proferidos na tribuna da Câmara contra um delegado da corporação. No dia anterior, outro parlamentar da oposição, Marcel Van Hattem (Novo-RS), também havia sido indiciado por uma situação semelhante.

Após os indiciamentos, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), criticou os inquéritos e indiciamentos da Polícia Federal contra deputados. Ele defendeu que a tribuna do plenário é “inviolável” e declarou que a voz dos deputados é “voz do povo” e não será “silenciada”.

“Os deputados Marcel Van Hattem e Gilberto Silva não são merecedores dos inquéritos e dos indiciamentos que foram feitos a esses deputados. É com grande preocupação que observamos recentes investidas da Polícia Federal para investigar parlamentares por discursos proferidos em tribuna”, disse Lira em discurso no plenário.

Câmara

O ministro voltou a ser questionado sobre o assunto na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, à tarde. O deputado Marcel Van Hattem chamou o diretor da PF, Andrei Rodrigues, de “prevaricador”, em referência ao inquérito de que ele alvo. O diretor da PF  estava presente, mas não se manifestou.

No entanto, o ministro saiu em defesa de Andrei e criticou as falas do deputado.

“Não vamos admitir esse tipo de comportamento”, disse Lewandowski.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/lewandowski-afirma-que-parlamentares-nao-tem-imunidade-se-cometerem-crimes-contra-a-honra/

IVO DE CARVALHO
IVO DE CARVALHO 17 dias atrás
Então por que esse senhor não prendeu o van Hattem quando ele foi provocado pelo deputado? Outra coisa : o que é ataque a honra para o ministro?
0 0 Responder
reginaldod
reginaldod 18 dias atrás
Isso se falar algo contra um esquerda, mas se for contra um de direita vale tudo de imunidade parlamentar. Ou tiramos essa corja do STF e do executivo na marra ou já era, outro jeito não vai ter não. Utopia pensar que muda de outro jeito.
1 0 Responder
Mostre mais