Líder de oposição na Venezuela foi forçada a gravar vídeos após sequestro, diz oposição

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Impedida de concorrer nas eleições presidenciais de 2024, María Corina foi interceptada a tiros nas ruas de Chacao, cidade no entorno da capital Caracas

A oposição ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela anunciou no início da noite desta quinta-feira (9) que a líder do bloco, María Corina Machado, foi obrigada a gravar vídeos após ser sequestrada por agentes da ditadura chavista. María Corina, impedida de concorrer nas eleições presidenciais de 2024, foi interceptada a tiros nas ruas de Chacao, cidade no entorno da capital Caracas.

Enquanto a informação de sua prisão repercutia internacionalmente, perfis ligados ao chavismo passaram a disseminar a narrativa de que a detenção era uma informação falsa alimentada pelos oposicionistas. Integrantes do alto escalão de Maduro divulgaram ainda um vídeo de María Corina de capuz em uma quadra esportiva informando, com a voz baixa, estar bem e segura. A veracidade da gravação, no entanto, não foi confirmada imediatamente por aliados da líder opositora questionados pelo blog.

A nota do Comando Con Venezuela parece fazer menção ao vídeo e afirma, ainda, que María Corina irá esclarecer o que ocorreu durante seu sequestro.

"Hoje, 9 de janeiro, saindo da manifestação em Chacao, María Corina Machado foi interceptada e derrubada da moto na qual estava. No processo, foram disparadas armas de fogo. Ela foi levada à força. Durante o período de seu sequestro ela foi forçada a gravar vários vídeos e logo após foi liberada. Nas próximas horas ela se pronunciará ao país para explicar os acontecimentos", diz a nota.

Nós apuramos junto a pessoas próximas de María Corina que tiros foram disparados contra a líder opositora, que havia deixado minutos antes uma manifestação contra Maduro. O sequestro ocorre na véspera da data prevista na Constituição da Venezuela para a posse do presidente eleito. O chavista proclamou vitória antes do término da apuração em julho passado, sem nunca ter apresentado as atas eleitorais que corroborariam sua eleição.

Já os oposicionistas têm apresentado atas que indicam a eleição do candidato apoiado por María Corina, Edmundo González Urrutia, hoje exilado na Espanha. Antecipando a possibilidade do regime chavista forjar os resultados, a oposição se mobilizou antes da eleição presidencial para coletar os documentos e conduzir uma apuração paralela. Eles afirmam ter computado 81,7% dos comprovantes e projetam uma vitória esmagadora de González com 67% dos votos.

 

reginaldod
reginaldod 26 dias atrás
Pra mim tem mais veracidade a informação que ela ainda está presa e morrerá na cela em minha opinião.
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