No domingo (30), o governo publicou a Medida Provisória que visa aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para indivíduos que recebem até R$ 2.640 e, aproveitou para incluir a tributação de rendimentos provenientes do exterior, tais como aplicações financeiras, entidades controladas e os trusts - fundos utilizados para gerir recursos de terceiros.
Geralmente, tais investimentos são realizados em paraísos fiscais, ou seja, em países com baixa tributação.
De acordo com o texto, haverá duas faixas de cobranças: de 15% sobre a parcela anual dos rendimentos que exceder a R$ 6 mil e não ultrapassar R$ 50 mil; e de 22,5% para rendimentos acima de R$ 50 mil. Valores abaixo de R$ 6 mil não serão tributados.
A intenção do governo com a medida é arrecadar R$ 3,2 bilhões apenas neste ano, o que cobriria o impacto do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda.
Lula discursa, volta a falar de juros altos, mas "esqueçe" de falar das últimas ações do governo
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez nesta segunda (1º) novas críticas à taxa de juros no País que, segundo ele, é responsável, em parte, “pela situação que vivemos hoje”, em referência ao desemprego.
A crítica à política de juros faz parte dos embates que perduram há meses entre o governo federal e o Banco Central, sob comando de Roberto Campos Neto.
"Não podemos viver em um País onde a taxa de juros não controla a inflação. Ela controla, na verdade, o desemprego, porque ela é responsável por uma parte da situação que vivemos hoje" declarou Lula, em ato do Dia do Trabalhador no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.
Lula agradeceu às centrais sindicais por terem dado a ele novo mandato para “consertar o País”. De acordo com ele, a missão de sua nova gestão é mostrar que o Brasil pode voltar a sorrir.
"O povo não vai permanecer vítima do ódio. Não podemos viver em um País em que a escola e o emprego não são levados a sério" disse o petista.