Gigantes dos EUA fecharem programas de diversidade após vitória de Trump

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Nas últimas semanas e meses, empresas como a Amazon, Walmart, Ford, John Deere, Meta, Amazon e a Harley-Davidson, Microsoft e Zoom, já abandonaram parte de suas políticas de diversidade

O setor corporativo nos Estados Unidos enfrenta uma onda de reversões em políticas de diversidade, desencadeada após a eleição de Donald Trump e influenciada por decisões da Suprema Corte, atualmente dominada por uma agenda conservadora.

Nos últimos meses, empresas como Walmart, Ford, John Deere, Meta, Amazon e Harley-Davidson abandonaram parte de suas iniciativas de diversidade. Esse movimento também incluiu a Microsoft e o Zoom.

A Amazon desacelerou algumas das suas iniciativas de diversidade, inclusão e equidade (DEI) como parte de uma revisão operacional que procura eliminar “programas e materiais desatualizados”, de acordo com relatórios não oficiais. A empresa cofundada por Jeff Bezos junta-se a uma lista crescente de grandes empresas que ajustaram os seus princípios empresariais face ao complexo cenário político esperado durante o segundo mandato de Donald Trump.

A Amazon é o segundo maior empregador privado nos Estados Unidos, atrás apenas do Walmart. Recentemente, modificou o site onde descreve a sua posição sobre determinados assuntos políticos, sociais e de interesse geral. O site incluía seções dedicadas “Equidade para Pessoas Negras”, “Diversidade, Equidade e Inclusão” e “Direitos LGBTQ+”, de acordo com registros da biblioteca virtual Wayback Machine do Internet Archive , citados por The Information.

Um dos exemplos mais notáveis foi o McDonald's, que decidiu em janeiro de 2025 desmontar algumas medidas de sua política de diversidade, anunciada quatro anos antes. A empresa justificou a decisão como uma resposta ao veredicto da Suprema Corte dos EUA que, em 2023, proibiu a ação afirmativa em admissões universitárias. A decisão judicial foi amplamente criticada e gerou protestos de grupos minoritários em todo o país.

Para analistas, o anúncio do McDonald's às vésperas de um possível retorno de Trump, conhecido opositor das políticas de diversidade, reflete uma tendência emergente. Além disso, programas de treinamento sobre diversidade voltados a fornecedores também serão descontinuados.

A Meta, liderada por Mark Zuckerberg, fez um anúncio similar poucos dias depois de revelar que desativaria seus sistemas de moderação em plataformas como Facebook e Instagram.

Na semana passada, Zuckerberg criticou empresas que buscam se afastar da "energia masculina". Ele afirmou que seria positivo adotar uma cultura que "celebre um pouco mais a agressividade".

Ainda no ano passado, a Tractor Supply, maior varejista de produtos para o estilo de vida rural nos EUA, anunciou que deixaria de patrocinar eventos como "festivais de orgulho" e que "aposentaria metas atuais de diversidade". "Ouvimos dos clientes que os decepcionamos", declarou a empresa.

Em agosto do mesmo ano, o CEO da Ford, Jim Farley, comunicou aos funcionários a revisão das políticas de diversidade da empresa. Além disso, a Ford encerrou sua participação em pesquisas externas de cultura conduzidas pela Human Rights Campaign, uma organização de defesa da causa LGBTQ+.

Nesta semana, a National Center for Public Policy Research (NCPPR) apresentou uma proposta para que os acionistas da Apple eliminem os programas de igualdade e diversidade da empresa. A votação está prevista para ocorrer em 25 de fevereiro.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2025/01/14/pressao-conservadora-faz-gigantes-dos-eua-encerrar-programas-de-diversidade.htm

reginaldod
reginaldod 22 dias atrás
Espero que um dia a liberdade ocorra no Brasil...
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