Em maio de 2022, documentos obtidos com exclusividade pela revista Oeste revelam que o ministro Alexandre de Moraes, então à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), liderou uma iniciativa para bloquear a plataforma social Gettr no Brasil.
As provas mostram uma ação coordenada para restringir o acesso à rede. A operação envolveu a colaboração entre o TSE, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF), resultando na emissão de uma ordem judicial que suspendeu a Gettr. Essa medida foi justificada como parte de esforços para combater a desinformação durante o período eleitoral.
Mensagens de WhatsApp trocadas entre auxiliares de Moraes, como Eduardo Tagliaferro e Airton Vieira, indicam que o bloqueio foi planejado com antecedência. Tagliaferro sugeriu que “temos que agir rápido para tirar isso do ar”, enquanto Vieira concordou, destacando a urgência da ação.
Confira as conversas:









A matéria aponta que o TSE, sob a direção de Moraes, utilizou sua autoridade para interferir diretamente na internet, uma prática que extrapolou suas funções legais. Essa intervenção incluiu a cooptação de empresas de tecnologia para cumprir as determinações de censura.
O texto destaca que a decisão foi tomada sem um processo judicial completo ou ampla discussão, configurando um ato de cerceamento à liberdade de expressão.
A Gettr, conhecida por atrair usuários conservadores, foi alvo específico dessa medida autoritária. A reportagem é assinada por J.R. Guzzo, jornalista renomado e membro do Conselho Editorial de Oeste, com uma carreira consolidada em publicações como Veja e Época, o que confere peso à narrativa apresentada.
Fonte: https://revistaoeste.com/politica/exclusivo-como-o-gabinete-paralelo-de-moraes-censurou-a-gettr/