França envia reforços ao Caribe em meio à pressão dos EUA contra Maduro

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A França anunciou o envio de novos navios militares para o Caribe, reforçandoo apoio aos EUA contra o narcotráfico e Maduro.

A declaração foi feita por Manuel Valls, ministro dos Territórios Ultramarinos da França, confirmando o envio de reforços navais para Guadalupe e Martinica, regiões francesas consideradas estratégicas para combater as redes de tráfico de drogas que usam o Caribe como rota para a Europa.

A medida foi tomada após o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenar o fortalecimento militar no Caribe, com foco no combate ao Cartel de los Soles, grupo apontado por Washington como vinculado ao governo de Maduro. A presença conjunta de forças francesas e americanas intensifica a pressão militar e diplomática sobre Caracas, que já enfrenta atritos com Washington e várias capitais europeias.

Reações na região

O anúncio do aumento da presença naval dos EUA foi apoiado por Trinidad e Tobago, que considera o crime organizado uma ameaça direta à segurança do Caribe. O país chegou a sinalizar que poderia disponibilizar suas águas e território para operações contra Maduro, se solicitado por Washington, sob o argumento de proteger Guyana. Por sua vez, Equador e Paraguai também expressaram preocupação com as atividades internacionais do Cartel de los Soles, destacando sua participação no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e no aumento da violência em diversos países da região.

Estratégia dos EUA contra o narcotráfico

A campanha norte-americana ganhou impulso em fevereiro de 2025, quando Washington classificou diversos cartéis mexicanos como organizações terroristas, incluindo o Jalisco Nueva Generación, del Noreste, Nueva Familia Michoacana, do Golfo e a Mara Salvatrucha de El Salvador. Na mesma lista, estão o Cartel de los Soles e o Tren de Aragua, ambos identificados por autoridades dos EUA como redes transnacionais envolvidas no tráfico de drogas e em esquemas de lavagem de dinheiro.

Um cenário de tensão crescente

Com a atuação direta de Estados Unidos e França, o Caribe se transforma em um novo epicentro de disputas internacionais, envolvendo interesses políticos, militares e econômicos. O fortalecimento da presença estrangeira na região deve ampliar a pressão sobre Maduro e abrir novos desdobramentos na crise entre Caracas e Washington. A França mobilizará novos navios militares para o Caribe em meio à ofensiva global contra o narcotráfico e à escalada de tensões entre EUA e Venezuela. A iniciativa intensifica a pressão sobre Nicolás Maduro, enquanto os EUA expandem operações contra o Cartel de los Soles, acusado de laços com o governo venezuelano.

Navios Provavelmente Enviados

Embora os navios específicos não sejam mencionados no artigo da Gizmodo, a França mantém uma presença naval regular no Caribe, especialmente em Guadalupe, Martinica e Guiana Francesa, com navios baseados ou frequentemente enviados para a região. Com base em operações recentes, como a “Caribex 2024” e “Jeanne d’Arc”, e no perfil da Marinha Francesa, os navios mais prováveis incluem:

1-Navio Anfíbio Porta-Helicópteros Classe Mistral (ex.: Mistral ou Tonnerre):

A França já utilizou o Mistral em operações no Caribe, como na “Jeanne d’Arc 2025” no litoral do Ceará, e o Tonnerre em exercícios anteriores, como a “Jeanne d’Arc 2024”. Esses navios são frequentemente enviados para missões anfíbias e de projeção de poder.

Outra possibilidade é o Dixmude, também da classe Mistral, que tem sido usado em missões humanitárias e de segurança no Caribe.

2-Fragatas (ex.: Guépratte ou Surcouf):

A fragata Guépratte participou da operação “Jeanne d’Arc 2024” junto com o Brasil, e a Surcouf foi mencionada na “Jeanne d’Arc 2025”. Essas fragatas da classe La Fayette são frequentemente enviadas para operações de patrulha e segurança marítima no Caribe.

Outras fragatas, como as da classe Floréal (ex.: Ventôse ou Germinal), baseadas nas Antilhas Francesas, são comumente usadas para patrulhas antidrogas e segurança na região.

3-Patrulheiros Antilles Guyane (PAG) (ex.: La Confiance):

Navios patrulheiros como o La Confiance foram utilizados em operações como a “Caribex 2024” na Guiana Francesa. Esses navios são ideais para missões de patrulha costeira e combate ao tráfico de drogas.

Tipo de Operação

Os navios franceses enviados ao Caribe em 2025, conforme descrito no artigo, estão envolvidos em operações destinadas a combater redes de tráfico de drogas que utilizam o Caribe como rota para a Europa. Além disso, a presença naval reforça a segurança marítima e a projeção de poder em um contexto de tensões geopolíticas, especialmente devido às operações dos EUA contra o Cartel de los Soles e o governo de Nicolás Maduro. Com base em operações anteriores, como “Caribex” e “Jeanne d’Arc”, os tipos de operações incluem:

Patrulha Marítima e Interdição: Navios como os patrulheiros PAG e fragatas realizam patrulhas para interceptar embarcações suspeitas de tráfico de drogas, com abordagens e inspeções, como visto na “Caribex 2024”.

Operações Anfíbias: Navios da classe Mistral, como o Mistral ou Tonnerre, são usados em exercícios anfíbios, que podem incluir desembarques de tropas, evacuação de não-combatentes e operações de resposta rápida em cenários de crise.

Diplomacia Naval: A presença de navios franceses reforça laços com países aliados, como Brasil, Trinidad e Tobago e outros na região, além de enviar um sinal diplomático à Venezuela em meio às tensões.

Combate ao Crime Organizado: Foco no combate ao narcotráfico, com operações de inteligência, vigilância e interdição, frequentemente em coordenação com outras nações, como os EUA.

Armamento dos Navios

O armamento depende do tipo de navio enviado. Abaixo, detalho os armamentos típicos dos navios prováveis:

1-Classe Mistral (Mistral, Tonnerre, Dixmude):

Armamento:
2 lançadores Simbad para mísseis antiaéreos Mistral (curto alcance, 6 km, guiados por calor).
2 canhões Breda/Mauser de 30 mm (cadência de 800 disparos por minuto, para defesa de ponto).
4 metralhadoras M-2HB calibre 12,7 mm (para alvos de curta distância).

Sensores: Radar tridimensional Thales MRR 3D NG (alcance de 180 km para alvos aéreos grandes, 80 km para alvos de superfície como fragatas), sistemas de comunicação Link-16, Link-11 e Link-22.

Aviação: Capacidade para até 16 helicópteros, como NH-90 ou Eurocopter Tiger, usados para operações anfíbias, transporte de tropas e ataques.

Função do Armamento: Focado em autodefesa, exigindo escolta de outros navios (como fragatas) em cenários de guerra para proteção adicional.

Fragatas Classe La Fayette (ex.: Guépratte, Surcouf):

Armamento:
1 canhão principal de 100 mm.
8 mísseis antinavio Exocet MM40.
2 lançadores óctuplos Crotale CN2 para mísseis antiaéreos (alcance de 13 km).
2 canhões automáticos de 20 mm.

Sensores: Radar Thales DRBV-15C, sistemas de guerra eletrônica e comunicação via satélite.

Aviação: 1 helicóptero Panther ou NH-90, usado para patrulha, busca e salvamento ou ataque.

Função do Armamento: Versátil para combate antinavio, antiaéreo e antisubmarino, além de patrulha e interdição.

Patrulheiros Antilles Guyane (ex.: La Confiance):

Armamento:

1 canhão de 20 mm telecomandado.
Metralhadoras de 12,7 mm.

Sensores: Radares de navegação e sistemas de comunicação básicos.

Função do Armamento: Leve, voltado para patrulha costeira, interdição de embarcações menores e combate ao tráfico.

Número de Militares a Bordo

O número de militares varia conforme o tipo de navio:

Classe Mistral:

Tripulação: Cerca de 160 a 200 tripulantes (oficiais, suboficiais e praças).

Capacidade Adicional: Pode transportar até 450 soldados (como fuzileiros navais) para operações anfíbias, além de 40 veículos pesados ou uma combinação de veículos e tropas.

Total: Até 650 militares em operações anfíbias (200 tripulantes + 450 soldados).

Fragatas Classe La Fayette:

Tripulação: Aproximadamente 140 a 150 tripulantes, incluindo oficiais, suboficiais e praças.

Capacidade Adicional: Pode acomodar pequenos destacamentos de fuzileiros ou mergulhadores de combate para missões específicas (cerca de 10-20 militares adicionais).

Total: Cerca de 150-170 militares.

Patrulheiros Antilles Guyane:

Tripulação: Cerca de 20 a 30 tripulantes.

Capacidade Adicional: Pequenos grupos de inspeção (5-10 militares) para abordagens.

Total: Até 40 militares.

Composição da Tripulação

A tripulação dos navios franceses é composta por:

Oficiais: Responsáveis pelo comando, navegação, operações táticas e gestão geral do navio.

Suboficiais: Supervisores técnicos, responsáveis por sistemas de armas, sensores, manutenção e coordenação de equipes.

Praças: Executam funções operacionais, como manutenção, operação de equipamentos, comunicações e tarefas gerais.

Fuzileiros Navais ou Tropas Anfíbias: Em navios como os da classe Mistral, incluem unidades da Infantaria de Marinha Francesa, especializadas em operações anfíbias, desembarques e segurança.

Pessoal Técnico e Especializado: Engenheiros, técnicos de aviação (para helicópteros), operadores de radar, mergulhadores de combate (em missões específicas) e médicos (especialmente em navios anfíbios com complexos médicos).

Equipes de Apoio: Em operações como a “Jeanne d’Arc”, podem incluir equipes de operações especiais para infiltrações ou missões de alto risco.

Contexto Adicional

Interoperabilidade: A França tem histórico de cooperação com outras marinhas, como a do Brasil, em operações no Caribe, como visto na “Caribex 2024” e “Jeanne d’Arc”. Isso sugere que os navios podem estar operando em conjunto com forças regionais ou dos EUA.

Foco Estratégico: Além do combate ao narcotráfico, a presença francesa reforça a proteção de territórios ultramarinos (Guadalupe, Martinica, Guiana Francesa) e interesses econômicos, como rotas comerciais e combate à pesca ilegal.

Tensões Regionais: A movimentação ocorre em paralelo à presença de navios dos EUA, como o USS Iwo Jima, USS San Antonio e USS Fort Lauderdale, que transportam 4.500 militares, incluindo 2.200 fuzileiros navais, indicando uma operação coordenada de grande escala no Caribe.

reginaldod
reginaldod 2 dias atrás
Moisés foi preciso ontem ao dizer que a França e talvez a Inglaterra se unirá aos Estados Unidos no Caribe e pressionar Maduro e seu narcoestado...
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