Ex-assessor de Bolsonaro NEGA existência de GABINETE DO ÓDIO

Pátria e Defesa App avatar   
Pátria e Defesa App
Ex-assessor salienta que atuava apenas no gerenciamento das redes sociais de Bolsonaro e que desconhece existência do “gabinete do ódio”

O ex-assessor especial da Presidência Tércio Arnaud Tomaz negou, em depoimento à Polícia Federal (PF), ter integrado estrutura que foi apelidada pela imprensa de “gabinete do ódio”, que teria atuado dentro do Palácio do Planalto durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O depoimento foi prestado no âmbito do inquérito das supoastas fake news.

Tércio afirmou aos investigadores que trabalhava apenas como assessor do então presidente, responsável por gerir as redes sociais de Bolsonaro, e negou a existência de qualque “gabinete do ódio”.

Questionado sobre o comando da suposta estrutura — que já foi atribuído ao vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) —, Tércio declarou desconhecer a existência.

O ex-assessor administrava a página do Facebook “Bolsonaro Opressor” e passou a trabalhar para o Bolsonaro e depois para o governo.

O depoimento ocorreu na tarde dessa quinta-feira (3/7), em Brasília, com acompanhamento do advogado Eduardo Kuntz. Atualmente, Tércio trabalha no Partido Liberal.

Conforme apurado pelo Metrópoles, a PF questionou Tércio sobre o eventual elo de outras pessoas no suposto gabinete. Entre os nomes citados estão a deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), o ex-deputado Daniel Silveira, o empresário Luciano Hang, o jornalista Allan dos Santos e o professor Olavo de Carvalho (1947–2022).

Tércio disse desconhecer qualquer relação dessas pessoas com a estrutura, reforçando que não sabe sequer da existência do grupo.

O inquérito da PF apura a existência de uma estrutura montada dentro do Planalto para supostamente disseminar supostas notícias falsas, falsas comunicações de crimes, denúncias caluniosas, ameaças e difamações contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da divulgação em massa nas redes sociais.

O nome de Tércio consta na lista de indiciados pela PF em novembro do ano passado, mas ele não foi denunciado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.


Nenhum comentário encontrado