Um drone da Força Aérea Brasileira (FAB), operando em função de resgate após severos temporais no Rio Grande do Sul, caiu em uma área desabitada nesta terça-feira.
O veículo aéreo não tripulado, um modelo israelense RQ-900 da Base de Santa Maria, estava sendo utilizado para localizar pessoas em risco nos locais afetados.
Este drone, capaz de operar por 36 horas contínuas sem reabastecimento e alcançar altitudes de até 9 mil metros (30.000 pés), já havia contribuído para o resgate de 36 pessoas em apenas 24 horas de voo.
“Uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), da FAB, que é empregada nas missões de apoio aos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul, apresentou durante sua operação um problema técnico e veio a colidir com o solo, em região desabitada, nesta terça-feira (07/05).A Força Aérea informa que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) vai investigar os fatores contribuintes da ocorrência aeronáutica”, diz a nota da FAB.
Como o drone RQ-900 estava sendo utilizado?
Ao ver o drone ou ouvir o seu som, pessoas em situação de isolamento ou risco são orientadas a sair dos abrigos, sinalizar ou fazer marcas em alguma superfície, para que a aeronave identifique o local e acione o resgate. Os voos acontecerão na região da Quarta Colônia.
Segundo a FAB, o uso do equipamento possibilitava análises em tempo real com alta precisão das áreas expostas. Assim, o trabalho de mapeamento e modelagem é facilitado.
Utilização de drones particulares é proibido
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), parte da Força Aérea Brasileira (FAB), emitiu uma proibição para o voo de drones particulares nas áreas afetadas pelos desastres. A decisão foi tomada porque os drones estavam ameaçando a segurança das aeronaves envolvidas nas operações de resgate, conforme relatado pelos responsáveis pelas buscas.