Brasil se une à África do Sul na ONU em denúncia contra Israel por genocídio

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Decisão consolida posição contra ações tomadas por Netanyahu; ex-chanceler diz que relações com o país devem ser mínimas

O Brasil passará a integrar a ação que a África do Sul move contra Israel por um suposto genocídio ao povo palestino, na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas.

O Brasil entrará como terceira parte no processo.

A decisão está alinhada aos movimentos institucionais do governo brasileiro, crítico à postura israelense.

Em entrevista à Al Jazeera na Cúpula do Brics, o chanceler Mauro Vieira adiantou que o Brasil assinaria a ação sul-africana contra o genocídio israelense e disse que o Brasil tentou fazer movimentos institucionais, mas sem resultado.

“Nós fizemos enormes esforços para chamar por negociações. Os últimos desenvolvimentos da guerra nos fizeram tomar a decisão de nos juntarmos à África do Sul na Corte Internacional”, disse o chanceler.

Na última semana, a África do Sul apresentou nova petição contra Israel na Corte Internacional, afirmando que o governo Netanyahu elevou o confronto a “uma nova e horrenda fase”.

Israel segue afirmando que suas ações respeitam leis internacionais.

O Brasil decidiu se envolver formalmente no processo que busca responsabilização de Israel pelo suposto ataque promovido por suas forças.

Além da assinatura da ação, o Brasil não deve aceitar a indicação de novo embaixador israelense e deve “manter as relações em níveis mínimos e ser muito severo no acordo de livre comércio, talvez até suspendê-lo”, segundo o ex-chanceler assessor para assuntos internacionais de Lula, Celso Amorim, em entrevista à Folha de S.Paulo.


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