Bombardeio de Israel ao Irã gera alerta global e temor de conflito nuclear

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Comunidade internacional pede contenção após ofensiva israelense que matou lideranças do Irã. Teerã afirmou que o ataque e uma "declaração de guerra".

O ataque de Israel contra o Irã gerou uma onda de reações de líderes políticos ao redor do mundo, que pediram cautela nesta sexta-feira (13) e defenderam uma desescalada das tensões.

O bombardeio contra a infraestrutura nuclear do Irã e altos comandantes militares ocorre após o fracasso de negociações entre Teerã e Washington, levantando preocupações quanto à paz e à estabilidade no Oriente Médio.

Veja o que disseram os líderes mundiais:

Brasil

Em nota, o Itamaraty disse que o governo brasileiro "expressa firme condenação e acompanha com forte preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, em clara violação à soberania desse país e ao direito internacional".

"Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial. O Brasil insta todas as partes envolvidas ao exercício da máxima contenção e exorta ao fim imediato das hostilidades."

Estados Unidos

O presidente americano, Donald Trump, disse que o Irã deve "fechar um acordo, antes que não reste nada". "Já houve muita morte e destruição, mas ainda há tempo para acabar com este massacre, com ataques ainda mais brutais planejados para os próximos meses", declarou ele em sua plataforma Truth Social.

"Israel tomou medidas unilaterais contra o Irã. Nós não estamos envolvidos em ataques contra o Irã, e nossa principal prioridade é proteger as forças americanas na região," disse Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA).

União Europeia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou a situação com "profundamente alarmante".

"A Europa apela a todas as partes para que deem provas da máxima contenção, reduzam imediatamente a escalada e se abstenham de retaliações. Uma resolução diplomática é agora mais urgente do que nunca para a estabilidade da região e a segurança mundial", afirmou.

China

Pequim, que mantém uma parceria estratégica, porém moderada, com o Irã, destacou a violação da soberania, da segurança e da integridade iranianas. "A China está disposta a desempenhar um papel construtivo para amenizar a situação," afirmou o porta-voz da diplomacia chinesa, Lin Jian.

Rússia

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia denunciou os ataques israelenses, chamando-os de "inaceitáveis", e declarou que o Irã não fez nada para provocá-los.

Otan

Mark Rutte, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), pediu que os EUA e outros aliados colaborem com os esforços para reduzir a tensão.

Reino Unido

"Os relatos dos ataques são preocupantes e pedimos a todas as partes que recuem e reduzam as tensões urgentemente. A escalada não beneficia ninguém na região", disse o primeiro-ministro, Keir Starmer.

França

O presidente Emmanuel Macron afirmou que a França “condenou repetidamente o programa nuclear iraniano em andamento e tomou todas as medidas diplomáticas apropriadas em resposta”. “Nesse contexto, a França reafirma o direito de Israel de se defender e garantir sua segurança”, disse o líder.

Ele também pediu que Israel e Irã “exerçam a máxima contenção e reduzam a tensão” e afirmou ter convocado o Conselho de Defesa e Segurança Nacional na manhã desta sexta.

“Todas as medidas necessárias serão tomadas para proteger nossos cidadãos e nossas missões diplomáticas e militares na região. Todas as medidas também serão implementadas para garantir a proteção do nosso território nacional e de nossos concidadãos.”

Macron ainda disse que a França está pronta para trabalhar com todos os seus parceiros para pressionar pela redução da tensão.

Alemanha

"Nós pedimos que ambos os lados se abstenham de medidas que possam levar a uma nova escalada e desestabilizar toda a região", disse o chanceler da Alemanha, Friederich Merz.

ONU

O secretário-geral da ONU, António Guterres, instou Israel e Irã a "mostrar moderação máxima".

Guterres condenou "qualquer escalada militar no Oriente Médio" e disse estar "particularmente preocupado" com os ataques de Israel às instalações nucleares iranianas, segundo um de seus porta-vozes.

Agência Internacional de Energia Atômica

O diretor da AIEA, Rafael Mariano Grossi, considerou o ataque de Israel "profundamente preocupante", apontando para o risco de "liberações radioativas com graves consequências" para as pessoas e o meio ambiente dentro e fora do Irã.

"Afirmei em repetidas ocasiões que instalações nucleares jamais devem ser atacadas, independentemente do contexto ou das circunstâncias", disse o líder da AIEA, vinculada à ONU.

"Ataques como este têm sérias implicações para a segurança nuclear, a proteção e as salvaguardas, bem como para a paz e a segurança regionais e internacionais", disse ele em nota. "Peço a todas as partes que exerçam o máximo de contenção para evitar uma nova escalada."

Ele também declarou que a agência está em contato com as autoridades de segurança nuclear do Irã para determinar a situação das instalações nucleares atacadas e avaliar qualquer possível impacto na segurança nuclear.

Omã

Mediador das conversas entre Irã e Estados Unidos, Omã chamou o ataque de uma "perigosa e imprudente" violação da lei internacional, pedindo uma reação da firme e inequívoca dos governos.

Arábia Saudita

O Ministério das Relações Exteriores saudita denunciou "as flagrantes agressões israelenses" contra um "país irmão", "que minam sua soberania e segurança e constituem uma flagrante violação das leis e normas internacionais".

Jordânia

A Jordânia, país que faz fronteira com Israel, afirmou que não autorizará nenhuma violação de seu espaço aéreo em caso de conflito. A autoridade nacional de aviação anunciou o fechamento de seu espaço aéreo e a paralisação de todas as aeronaves como precaução.

Venezuela

O Ministério das Relações Exteriores denunciou "um ato de guerra que se soma ao longo histórico de crimes do regime de Benjamin Netanyahu".

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